Publicado em 25/05/2020 às 09h00.

Com isolamento em baixa, Brasil pode ultrapassar estatísticas estratosféricas dos EUA

Para o infectologista Dalcy Albuquerque, da Sociedade Brasileira de Doenças Tropicais, país se tornará epicentro mundial da pandemia em algum momento

Redação
Covas abertas no cemitério de SP, epicentro da pandemia no Brasil (Foto: Reprodução/GloboNews)
Covas abertas no cemitério de SP, epicentro da pandemia no Brasil (Foto: Reprodução/GloboNews)

 

Diante das taxas de isolamento cada vez mais baixas,  o infectologista Dalcy Albuquerque, da Sociedade Brasileira de Doenças Tropicais, disse que é bem plausível que o Brasil alcance estatísticas estratosféricas com a pandemia do novo coronavírus.

Segundo no mundo em casos confirmados de Covid-19, com quase 370 mil pessoas contaminadas, o país já tem quase 23 mil mortos e caminha para chegar perto ou mesmo ultrapassar os números assustadores dos Estados Unidos, que, até o último fim de semana, tinham 97.048 óbitos pela doença e somavam 1.641.585 notificações oficializadas.

“As pessoas aqui não aderiram ao isolamento social”, afirmou Albuquerque, segundo o portal UOL.

De acordo com o especialista, mesmo em locais onde a Covid-19 estão em alta, como São Paulo, a adesão às medidas restritivas tem ficado na casa dos 50%.

“Uma divergência de condutas entre as esferas de governo deixou a população confusa e, a maioria acaba seguindo pelo mais fácil, não ficando em casa. Além disso vários hospitais de campanha que iriam ajudar o sistema de saúde não ficaram prontos como planejado e houve dificuldade em garantir respiradores e infraestrutura nesses locais. Alguns estados, ainda por cima, estão com grave crise financeira. A soma disso tudo pode levar o Brasil a se tornar o epicentro mundial da doença em algum momento, passando mesmo os Estados Unidos”, projetou o infectologista.

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