Publicado em 12/02/2021 às 15h32.

Diretor do Butantan contesta meta divulgada por ministro da Saúde

'Essa afirmação do ministro (Eduardo Pazuello) precisa ser respaldada em fatos que nesse momento ainda não existem', ressaltou Dimas Covas

Redação
Fotos: reprodução EP TV/TV Senado
Fotos: reprodução EP TV/TV Senado

 

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, questionou nesta sexta-feira (12) a projeção do ministro da Saúde Eduardo Pazuello de imunizar toda a população ‘vacinável’ do Brasil em 2021. Dimas Covas ressaltou a indisponibilidade de doses suficientes para atingir a chamada “imunidade de rebanho”. “Essa afirmação do ministro precisa ser respaldada em fatos que nesse momento ainda não existem”, afirmou. As informações são do G1.

Na quinta-feira (11), em audiência no Senado, o ministro reafirmou a meta de imunizar 50% da população adulta ainda no primeiro semestre e a outra metade no segundo semestre. Até a quinta, em torno de 4,5 milhões de pessoas receberam a primeira dose contra a Covid-19, o que representa somente 2,16% dos brasileiros, segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa.

O diretor do instituto paulista, quando questionado sobre o assunto, afirmou que para que o país obtenha a chamada “imunidade de rebanho”, com uma vacinação de 80% da população, seriam necessárias 340 milhões doses de vacinas, volume ainda não disponível mesmo com a participação da Fiocruz – o país adota duas vacinas contra a Covid-19, a CoronaVac e a da AstraZeneca/Oxford, fornecidas pelo Butantan e pela Fiocruz.

“Nesse momento esse quantitativo, embora até que numericamente possa já estar contratado pelo ministério, ainda não existe de fato, não existe de forma efetiva. A única vacina que está disponível em grande quantidade no Brasil é a vacina do Butantan”, ressaltou. O Plano Nacional de Imunização já distribuiu aos estados 9,8 milhões de doses da CoronaVac e 2 milhões da AstraZeneca/Oxford.

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