Publicado em 05/08/2020 às 16h35.

Hospitais de campanha de Salvador têm mais de 800 pacientes com alta médica

A estudante Ingrid Cardoso é uma das curadas; após 15 dias internada, ela deixou a unidade de emergência da Paralela nesta quarta (5)

Redação
Foto: Ramon Benevides/SMS
Foto: Ramon Benevides/SMS

 

Durante o período de pandemia, os hospitais de campanha do Wet´n Wild, localizado na Avenida Paralela, do Itaigara e do Hospital Sagrada Família, no Bonfim, já receberam 1.335 pacientes diagnosticados com o novo coronavírus. Desse total, 838 pacientes receberam alta médica, de acordo com dados divulgados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

Uma das curadas é a estudante de Ingrid Cardoso, de 23 anos, que deixou o hospital da Paralela, nesta quarta-feira (5), após ser internada em estado grave no último dia 20 de julho, regulada da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) dos Barris. Ingrid tem asma e chegou a ser entubada, com 50% das funções respiratórias comprometidas.

“Estou muito grata pelo atendimento que recebi. Desde o pessoal da limpeza até a equipe médica, fui tratada com muita atenção e zelo. Nunca imaginei receber uma atendimento dessa qualidade no SUS”, disse a estudante, ao receber a alta médica.

 Unidades exclusivas para o tratamento da Covid-19

O titular da SMS, secretário Leo Prates ressalta a importância das unidades exclusivas para o tratamento da doença. “As três unidades, montadas exclusivamente para enfrentar a Covid-19, somam total de 157 leitos de UTI e 191 de enfermaria, e têm sido essenciais para desafogar a demanda por vagas para tratamento da Covid-19 no sistema de saúde de Salvador, disponibilizando atendimentos de baixa complexidade e cuidados intensivos”, disse Prates.

Com 70 leitos de UTI e 120 de enfermaria, a estrutura do Wet´n Wild recebeu 682 pacientes e registrou 447 altas. Já a unidade do Sagrada Família conta com 40 leitos de UTI e 71 de enfermaria, contabilizando 407 admissões e 267 altas. O hospital de campanha do Itaigara, no Caminho das Árvores, dispõe de 47 leitos de UTI.  Até então, o espaço recebeu 295 pacientes, sendo que 124 deles foram tratados e encaminhados de volta para casa.

“Além dessas três estruturas provisórias, a Prefeitura contratualizou leitos junto a diversos hospitais da cidade com objetivo de ampliar a oferta de vagas para tratar infectados com a Covid-19. A estratégia teve como prioridade salvar vidas, além de viabilizar a reabertura do comércio de forma gradual e segura”, frisou Leo Prates.

De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, a população soteropolitana pode contar ainda com atendimento para casos de Covid-19 no Hospital Municipal de Salvador (HMS), localizado na Boca da Mata; no Medtower, na Federação; no Hospital Prohope, em Cajazeiras; no Hospital Português, na Barra; no Martagão Gesteira (unidade exclusiva para pediatria), no Tororó; e no Hospital Santa Izabel, em Nazaré.

Ainda segundo a SMS, com os esforços empregados pela administração municipal, foram disponibilizados 228 leitos de UTI e 211 de enfermaria exclusivos contra o coronavírus desde o início da pandemia. “Apenas no último mês de julho, por exemplo, a Prefeitura abriu 99 leitos, ação que contribuiu para a implantação da fase um da retomada de atividades suspensas, que envolveu o funcionamento presencial de shoppings, centros comerciais e grandes lojas de rua – isso ocorreu no último dia 24”, diz a nota enviada à imprensa.

Somadas às unidades do governo estadual, Salvador tem, no total, 717 vagas de UTI e 681 leitos clínicos. Cerca de 35 novos leitos estão previstos para entrar em operação em agosto.

Estatística de casos confirmados e recuperados

Boletim divulgado pela SMS aponta que a capital baiana registrou, até o último domingo (02), 53.157 curados pelo novo coronavírus, o que representa 93% do número de casos confirmados da doença na capital baiana (56.924). No total, 1.798 pessoas morreram em função da Covid-19.

O público feminino é o mais afetado pela doença, representando 55% de casos confirmados, frente aos 45% do sexo masculino. A faixa etária mais atingida envolve pessoas entre 30 a 39 anos (26% dos casos), seguindo por indivíduos entre 40 a 49 anos (23%), e cidadãos com 50 a 59 anos (15%).

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