Publicado em 12/02/2021 às 16h56.

Hospitais militares de Manaus têm 24h para explicar leitos desocupados, decide MPF

Reportagem mostrou que 72% dos leitos estão ociosos, enquanto mais de 350 pessoas aguardam vaga

Redação
Foto: Divulgação/Sesab
Foto: Divulgação/Sesab

 

Os hospitais militares de Manaus, a Secretaria de Saúde do Amazonas e o Ministério da Saúde têm até 24 horas para explicar ao Ministério Público Federal (MPF) a quantidade de leitos vagos para tratamento de pacientes com Covid-19 na capital do estado. A saúde no Amazonas entrou em colapso este ano por falta de oxigênio para tratar os doentes.

O despacho foi publicado pela Procuradoria da República no Amazonas nesta sexta-feira (12) após uma reportagem do UOL denunciar que leitos para militares e familiares estariam sendo reservados em hospitais das Forças Armadas de Manaus. Conforme a publicação, 72% dos leitos estão ociosos, enquanto mais de 350 pessoas aguardam vaga em fila de espera.

“Ora, se até mesmo as unidades privadas de saúde participam do SUS, ainda que em caráter complementar, com muito mais razão, há de considerar que a necessária participação das unidades de saúde militares, principalmente em momentos críticos de saúde pública como o atual, tendo em vista que são financiadas em seu maior montante com recursos financeiros oriundos de dotações orçamentárias, consignadas no orçamento da União, ou seja, a população, através dos tributos, é quem, de fato, custeia a maior parte do serviço de saúde destinado aos militares”, diz um trecho do documento assinado pelo procurador Igor Silva Spindola.

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