Publicado em 03/08/2020 às 20h00.

Justiça do Trabalho propõe retomada gradual das aulas no Distrito Federal

Em solução sugerida por juíza, setor privado retomaria no dia 10 com as turmas de ensino médio e profissionalizante

Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Em audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, a juíza Adriana Zveiter apresentou proposta para tentar um acordo sobre o retorno às aulas na rede privada no Distrito Federal.
Pela solução sugerida, o retorno às aulas presenciais nas escolas particulares começaria com as turmas do ensino médio e profissionalizante no dia 10 de agosto. Depois, viriam as turmas do ensino fundamental 2 (do 6º ao 9º ano) no dia 17. Por último, voltariam às aulas presenciais os alunos do ensino fundamental 1 (1º ao 5º ano) e da educação infantil no dia 24 de agosto.

Participaram da audiência representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), do governo do Distrito Federal (GDF) e dos sindicatos das empresas e dos trabalhadores da rede privada de ensino do DF.

A juíza aguarda manifestação e, caso não haja possibilidade de acordo, informou que poderá decidir sozinha ainda nesta semana a questão.

Partes
O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinepe-DF) declarou em nota que deve ser resguardada “a autonomia das escolas e o retorno imediato das aulas, considerando que as escolas, desde março, estudam as medidas de profilaxia”. A entidade discordou da proposta apresentada pela juíza.

Em nota, o GDF afirmou que, assim que autorizado pela Justiça, as “escolas têm autonomia para estabelecerem seus calendários”.

“Para que haja parâmetros, a secretaria encaminhou protocolos de segurança sanitária ao Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe/DF). A maior parte das orientações já consta no próprio Decreto 40.939, entre elas: distanciamento, disponibilização de álcool em gel, uso de máscaras de proteção facial e aferição de temperatura”, completou.

Mediação
A tentativa de mediação ocorreu por conta de uma ação do Ministério Público do Trabalho contra o decreto que autorizou o retorno das escolas particulares no dia 27 de julho. A instituição apresentou como justificativa o fato de a capital estar em um momento de grande ocorrência de casos e óbitos por covid-19.

O decreto do Governo do Distrito Federal (Decreto nº 40.939/2020) foi publicado no início do início do mês e estabeleceu cronograma para a reabertura de diversos segmentos do comércio e de atividades econômicas e sociais, além de trazer a autorização para início das aulas nas redes privada e pública.

De acordo com a Secretaria de Saúde do DF, até o momento, foram registrados 110.302 casos confirmados da doença e 1.530 mortes em decorrência do novo coronavírus.

No dia 25 de julho, a dois dias do início do calendário previsto para a rede privada, um juiz suspendeu o retorno das aulas e o tema passou a ser objeto de polêmica judicial.

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