Publicado em 27/10/2020 às 15h58.

Maia quer que Legislativo e Executivo decidam sobre vacinação contra coronavírus

Presidente da Câmara dos Deputados não quer envolvimento do STF na questão, para evitar queixas de "ativismo"

Redação
Foto: Najara Araújo/ Agência Câmara
Foto: Najara Araújo/ Agência Câmara

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não quer que o Poder Judiciário decida sobre a obrigatoriedade de vacinação contra a Covid-19. Nesta terça-feira (27), o democrata afirmou que deve caber ao Legislativo e ao Executivo o debate sobre o assunto.

De acordo com informações de O Globo, a avaliação do parlamentar é que, se o Supremo Tribunal Federal (STF) estabelecer regras sobre a questão, pode ser que posteriormente haja críticos de “ativismo” da Corte.

“O governo e o Legislativo deveriam organizar essa questão da vacina, porque acho que é o ambiente correto. O governo somado à Casa da população e somado à Casa da federação. Acho que é melhor do que uma decisão encaminhada pelo Supremo Tribunal Federal, que, se nada for feito, vai acabar mais uma vez decidindo no lugar do Executivo e do Legislativo”, afirmou.

A discussão foi pautada pelo presidente Jair Bolsonaro. Nos últimos dias, o chefe do Executivo tem se manifestado contra a obrigatoriedade de vacinação no Brasil, tendo desautorizado, inclusive, o ministro Eduardo Pazuello (Saúde) sobre protocolo assinado para aquisição de 46 milhões de doses da vacina Coronavac.

Na segunda-feira (26), Bolsonaro disse que não entende a “pressa” no desenvolvimento da vacina, questionou se não seria mais barato investir na cura ao invés de investir na vacina e afirmou que o assunto é uma questão de saúde, não de Justiça.

“Não pode um juiz decidir se você pode ou não tomar vacina. Isso não existe”, resumiu.

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