Publicado em 18/01/2021 às 14h19.

Médico promotor da cloroquina contra coronavírus admite ineficácia de substância

Em março do ano passado médico divulgou estudo feito com 42 pessoas que indicava eficácia da substância associada a azitromicina

Redação
Foto: Reprodução/Agência Pará
Foto: Reprodução/Agência Pará

 

O médico francês Didier Raolt, considerado o principal promotor da hidroxicloroquina, admitiu pela primeira vez que a substância não tem qualquer impacto na Covid-19. A afirmação foi feita em uma carta publicada no último dia 4 de janeiro no site do Centro Nacional de Informações sobre Biotecnologida.

Em março do ano passado, início da pandemia, o médico divulgou um estudo feito com apenas 42 pessoas segundo o qual ficava comprovada a eficácia da hidroxicloroquina associada a azitromicina. A única condição para a eficácia era a administração do medicamento no início dos sintomas.

No entanto, cientistas em todo o mundo e a Organização Mundial da Saúde criticaram o estudo por ter sido conduzido fora dos protocolos científicos padrão. O presidente Jair Bolsonaro é também defensor da cloroquina como tratamento precoce contra a Covid-19 sem qualquer evidência científica.

“As necessidades de oxigenoterapia, a transferência para UTI e o óbito não diferiram significativamente entre os pacientes que receberam hidroxicloroquina com ou sem azitromicina e os controles feitos apenas com tratamento padrão”, escreveu Raolt, de acordo com informações de Época.

Por outro lado, segundo a publicação, Raolt ainda defende que o tempo de internação dos pacientes tratados com hidroxicloroquina e azitromicina foi menor.

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