Publicado em 15/02/2021 às 11h30.

Fábio Vilas-Boas vê ‘equívoco’ em decisão judicial que determina volta às aulas

Secretário estadual de Saúde afirma ter esperança de que liminar seja revista pela Justiça

Redação
Foto: Matheus Morais/bahia.ba
Foto: Matheus Morais/bahia.ba

 

O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, afirmou nesta segunda-feira (15) que considera “um equívoco” a decisão liminar (provisória) da 6ª Vara da Fazenda Pública de Salvador, que ordenou no domingo (14) o retorno imediato das aulas presenciais em todo o estado. Vilas-Boas diz ter esperança de que a Justiça possa rever a determinação, uma vez que, diante do crescimento do número de mortes por Covid-19 em todo o país, “não é hora” de retomar as atividades letivas. A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) está recorrendo da decisão.

“Nós temos o desejo, o governo do Estado, as prefeituras, a Secretarias de Educação, a Secretaria de Saúde, o governador, todos nós queremos que as aulas retornem o mais rápido possível. Eu sou pai, tenho filho, quero que ele vá para a escola. Mas, nesse momento agora, nessa semana de fevereiro, não é possível”, declarou.

Segundo o secretário, é preciso aguardar ao menos duas semanas para que seja observado algum sinal de estabilidade dos índices de ocupação de leitos e de mortes pela doença. Ele também lembra que o risco de contaminação não ocorre apenas na sala de aula, mas também no transporte até as unidades de ensino.

“É bom lembrar que não é só a sala de aula. É o transporte coletivo, são pais e mães pra cima e pra baixo, se deslocando de suas casas, que vão expor mais pessoas ao contágio, numa velocidade geometricamente crescente. Quanto mais gente na rua, mais o contato, mais pessoas pegam. Mais pessoas pegando, mais pessoas pegarão”, diz Vilas-Boas.

Na última sexta (12), a PGE já havia ingressado com pedido de suspensão de outra decisão proferida pela mesma vara determinando a retomada das aulas nas redes pública e privada até 1º de março. Na ação, o órgão do governo estadual sustentou que a decisão é manifestamente ilegítima, já que, avalia, não observa razões científicas que fundamentam a suspensão das atividades letivas.

Logo após decisão judicial determinando a volta às aulas, algumas escolas particulares de Salvador começaram a convocar seus alunos.

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