Taxa de ocupação hoteleira em março é a pior da história em Salvador

Quedas ocorreram em decorrência da pandemia, aponta ABIH-BA

Redação

Salvador teve a pior queda da ocaupação hoteleira de toda sua história registrada no mês de março. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (ABIH-BA), a decadência ocorre em função da pandemia do novo coronavírus, causador da Covid-19.

A ABIH-BA, que solicita ao Estado “apoio governamental urgente para garantir sobrevivência”, afirma que os números eram normais até o dia 15 do mês mas, posteriormente, na última semana, chegou a 4%.

Segundo dados oficiais da associação, de 1º a 07 de março a taxa estava em 59%; na semana seguinte (8 a 15/03), subiu para 60%; na terceira semana (16 a 23/03), caiu para 27%; e de 24 a 31/03, fechou em 4%. Comparando o mês de março de 2019 (66%), com 2020 (37%), houve uma queda 30%.

Bahia
“O setor hoteleiro na Bahia, em todas as 13 zonas turísticas, já interrompeu praticamente todas as atividades. Cerca de 80% dos hotéis fecharam”, comenta o presidente da ABIH-BA, Luciano Lopes, ao reforçar que tem buscado intensamente o apoio dos governo federal, estadual e municipais, além de bancos de desenvolvimento e privados, e institucional “das mais diversas esferas para garantir a sobrevivência econômica do segmento”.

“Precisamos de solução urgente, pois a hotelaria é um setor fundamental para a economia. Temos que evitar a demissão de milhares de pessoas nos próximos dias, caso não tenhamos apoios governamentais suficientes para o setor”.

E completa: “É extremamente importante haver uma flexibilização dos sindicatos nas negociações, considerando que a finalidade é evitar as rescisões de contrato de trabalho para que o empregado fique seguro de que, passada a crise, voltará a ter seu emprego”, enfatiza o presidente da entidade.

Em Salvador, as reservas dos hotéis foram reduzidas a praticamente zero, além do cancelamento total de eventos, o que evidencia que a crise já comprometeu o ano de 2020, aponta. Apesar da campanha “Não cancele, remarque”, as desistências são inevitáveis e estão afetando todas as zonas turísticas do Estado.

A ABIH-BA afirma que está empenhada em evitar uma degradação do setor ainda maior do segmento e lutará constantemente para manutenção dos empregos e sustentabilidade dos negócios.

Bahia.ba

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