Publicado em 25/11/2020 às 16h56.

TCU cobra do Ministério da Saúde explicações sobre testes RT-PCR estocados

Ministro Benjamin Zymler afirmou que pasta comandada pelo general Eduardo Pazuello deveria adotar "posição centralizada de liderança"

Redação
General Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde Foto: José Dias/PR
General Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde. Foto: José Dias/PR

 

O ministro Benjamin Zymler, do Tribunal de Contas da União (TCU), cobrou explicações do Ministério da Saúde sobre os 7 milhões de testes RT-PCR que estão estocados em armazém do governo federal e com validade entre dezembro e janeiro. Durante sessão da Corte nesta quarta-feira (25), o ministro afirmou que a pasta comandada pelo general Eduardo Pazuello deveria adotar “posição centralizada de liderança” para coordenar a atuação em todo o país.

De acordo com informações de O Estado de S.Paulo, a cobrança do ministro foi encaminhada na segunda-feira (23), com prazo de dois a cinco dias para o Ministério da Saúde responder sobre o estoque e por quais motivos os testes não foram distribuídos. Além disso, a pasta deverá apresentar contratos de compra desses insumos e o que fará para evitar o descarte dos testes.

Em reunião nesta quarta, os membros do TCU criticaram a atuação do Ministério da Saúde na condução dos esforços de combate à pandemia do novo coronavírus. O ministro Bruno Dantas chegou a chamar de “crime de lesa-pátria” a eventual perda dos exames.

O Ministério Público junto ao TCU também pediu investigação sobre os testes estocados. O subprocurador-geral Lucas Furtado assinou representação com a solicitação, apontando “inépcia” do governo federal em relação ao planejamento e à logística de distribuição para a rede pública de saúde.

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