Publicado em 18/05/2021 às 09h43.

Várias cidades têm UTIs acima de 80% e estão sem 2ª dose da vacina, diz presidente da UPB

Prefeito de Jequié, Zé Cocá atribui alta demanda de pacientes graves ao espalhamento de variantes mais contagiosas do novo coronavírus

Alexandre Santos
Foto: Divulgação/UPB
Foto: Divulgação/UPB

 

O presidente da UPB (União dos Municípios da Bahia),  Zé Cocá, disse na manhã desta terça-feira (18) que diversas cidades do interior estão com a taxa de ocupação de leitos de UTI-Covid acima de 80%. Ao mencionar o cenário de Jequié, de onde é prefeito, Cocá afirma que, nos últimos seis meses, o índice se manteve sempre acima de 90%, apesar da redução de casos ativos da doença.

Em entrevista à rádio Metrópole, o presidente da UPB atribuiu a alta demanda de pacientes graves ao espalhamento de variantes mais contagiosas do novo coronavírus, doença que tem atingido um público mais jovem, na faixa etária dos 20 anos.

“Isso é uma comprovação de que as cepas têm ficado muitos mais fortes. Em Jequié, de ontem pra hoje, tivemos 15 casos ativos. [Ao todo] Só estamos com 451 casos ativos. Chegamos aqui a ter 1.500, 16.000 [caso ativos]. Nunca tivemos um processo tão forte de UTIs que nem está hoje. Diminui a contaminação nas ruas, mas a UTI, não”, disse.

Para Cocá, o ritmo lento de imunização da população é outro fator preocupante.

“Tivemos uma queda, em áreas específicas da Bahia, no número de vacinados. Em percentuais, de uns 20 dias pra cá, por conta da diminuição da entrega das vacinas. Em, Jequié, nós chegamos a vacinar mais de 20% da nossa população. Isso, de 15, 20 dias para cá, caiu. Estávamos num índice razoável, a nossa região toda. Precisamos que o governo federal, nesse momento, intensifique a vacina. Que o governo federal não fique perdendo tempo com debates sem nexo e comece a debater o que mais se necessita nesse momento”, declarou.

“Deu uma diminuída brusca. Estávamos vacinando, em média, de 3%,4%, 5% da população por semana, e caímos absurdamente”, disse.

Segundo Cocá, a escassez de imunizantes também acaba tornando sem efeito a estratégia de vacinação, uma vez que é expressivo o público que ainda precisa da dose de reforço. “Em Jequié, estamos com 39 mil vacinados, mas sendo só 19 mil pessoas com a segunda dose”, afirmou.

 

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