Bahia recebe certificação internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação
Reconhecimento da OMSA atesta qualidade do serviço veterinário estadual e abre portas para novos mercados internacionais

No mês em que se comemora a Saúde Animal, a Bahia receberá a certificação internacional de Zona Livre da Febre Aftosa sem Vacinação, em reconhecimento não apenas pela erradicação da doença, mas também pela qualidade do serviço veterinário estadual e pelo engajamento do setor produtivo.
A Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA) também certificará outros 20 estados brasileiros, além do Distrito Federal, no próximo dia 29, em Paris, na França. A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) é o órgão responsável pela garantia da sanidade dos rebanhos e representará o Governo do Estado na cerimônia de entrega do certificado. Manter a vigilância em alta e sensibilizar o produtor rural para a notificação de casos suspeitos são as novas estratégias a serem adotadas.
Para o diretor-geral da Adab, Paulo Sérgio Luz, o certificado impulsiona o setor pecuário no estado, aumentando a competitividade e a capacidade de acesso a mercados mais exigentes. “Agora, com o reconhecimento internacional, poderemos exportar para Estados Unidos (EUA), Japão e Comunidade Europeia, os mais importantes importadores e que melhor remuneram. É um atestado de garantia da qualidade e segurança dos produtos de origem animal”, avalia Luz.
Para atualização dos novos procedimentos de biossegurança relacionados à febre aftosa, a Adab realizou, durante a semana, um treinamento em Vitória da Conquista, que reuniu cerca de 70 médicos-veterinários do órgão, atuantes em seis regionais, além de profissionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
“Trata-se de um avanço sanitário muito importante, mas que exige preparo e capacitação das equipes técnicas para fazer frente a um eventual foco da doença que possa ocorrer no estado”, ressalta o responsável técnico pelo Programa Nacional de Vigilância para Febre Aftosa na Bahia, José Neder. Ele também parabenizou a equipe pelas ações de vigilância, análise de dados para controle e análise de risco da doença.
Durante o encontro, foi apresentada uma revisão do Manual de Investigação para Doenças Vesiculares, além de um panorama mundial da febre aftosa, com ênfase nos aspectos clínicos e epidemiológicos. O trabalho de vigilância ativa — agora prioridade nas ações de defesa — também foi aprofundado, com aulas teóricas e práticas.
Durante as atividades práticas, os profissionais realizaram colheita de material e adotaram medidas de biosseguridade, com simulações de atendimento a suspeitas da doença em propriedades. Uma oficina, em formato de exercício de gabinete, também foi realizada para capacitação das equipes.
Para o especialista do Mapa, Gabriel Adrian Torres, a erradicação não isenta o país de possíveis ocorrências, sobretudo diante do aumento do número de focos no mundo. “Ao sairmos da estratégia da vacina, entramos no processo de vigilância permanente e, para minimizar os riscos de que um animal seja infectado e o vírus da febre aftosa seja reintroduzido no país, precisamos sensibilizar o produtor rural para comunicar qualquer suspeita de doença vesicular ao Serviço Oficial”, declara Torres.
Ainda segundo ele, para manter o Brasil livre da febre aftosa, é essencial investir em ações de mitigação de riscos, detecção precoce e intervenção adequada em possíveis focos da doença.
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