Publicado em 12/08/2022 às 15h43.

Bahia registra pior taxa de desemprego do Brasil no 2º trimestre

A falta de trabalho ainda é a realidade de quase 10,1 milhões de brasileiros

Flávia Requião
Foto: Marcos Santos/ USP Imagens
Foto: Marcos Santos/ USP Imagens

 

O estado da Bahia registrou a pior taxa de desemprego do Brasil, no segundo trimestre de 2022, aos 15,5% , indicou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Trimestral, divulgado, nesta sexta-feira (12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o levantamento, no primeiro trimestre do ano, a Bahia registrou alta, na taxa de desocupação, de 17,6% frente ao trimestre anterior.

Em relação à taxa composta de subutilização da força de trabalho percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada o estado teve, no segundo trimestre, um avanço de 34,9%. 

Já sobre o número de desalentados pessoas que não trabalham por considerar ser jovem demais, idosa ou que não consegue emprego pois acredita que a economia não está indo bem no segundo trimestre de 2022, o maior valor estava na Bahia, com registro de 612 mil desalentados.

Segundo a pesquisa, o percentual dos baianos ocupados trabalhando por conta própria no período foi de 29,2%.

No mesmo período, do segundo trimestre de 2022, 56,7% dos empregados da Bahia do setor privado tinham carteira de trabalho assinada. Já o Nordeste, foi uma das regiões que apresentou uma das melhores taxas do Brasil, com 56,8%.

A taxa de informalidade para a Bahia no segundo trimestre foi de 53,1%, já  para o Brasil foi de 40%.

Brasil

O desemprego no país registrou queda em 22 dos 27 estados no segundo trimestre de 2022, refletindo em uma queda generalizada na taxa de desocupação no último ano, que, de abril a junho, foi de 9,3%, uma queda de 1,8 ponto percentual em relação a  11,1% no primeiro trimestre. Apesar da queda, a falta de trabalho ainda é a realidade de quase 10,1 milhões de brasileiros, segundo já divulgado pelo IBGE.

O rendimento médio real mensal, em relação ao trimestre passado, ficou estável para todas a regiões do país, estimado em R$ 2.652, frente ao período anterior , com R$ 2.625 e uma queda de 5,1% ante o mesmo trimestre de 2021, aos R$ 2.794. Já em relação ao 1º trimestre de 2022, todas as Regiões apresentaram estabilidade, no entanto sobre o 2º trimestre de 2021, as regiões Nordeste, Sul e Sudeste apresentaram queda do rendimento médio.

Sobre a taxa de desemprego por região, o Nordeste liderou com 12,7%, seguido do Sudeste, aos 9,3%, o Norte, registrando 8,9%, em quarto lugar o Centro-Oeste (7%), e o Sul, por último com 5,6%.

Sobre o gênero, foi de 7,5% para os homens e 11,6% para as mulheres no segundo trimestre de 2022. Sobre a taxa por cor ou raça ficou abaixo da média nacional (9,3%) para os brancos (7,3%) e acima para os pretos (11,3%) e pardos (10,8%).

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto, foi de 15,3%, o maior entre os níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi 9,9%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (4,7%).

Ranking da taxa de desemprego por estado:

-Bahia (15,5%)

-Pernambuco (13,6%)

-Sergipe (12,7%)

-Rio de Janeiro (12,6%)

-Paraíba (12,2%)

-Rio Grande do Norte (12%)

-Acre (11,9%)

-Distrito Federal (11,5%)

-Amapá (11,4%)

-Alagoas (11,1%)

-Maranhão (10,8%)

-Ceará (10,4%)

-Amazonas (10,4%)

-Piauí (9,4%)

-São Paulo (9,2%)

-Pará (9,1%)

-Espírito Santo (8%)

-Minas Gerais (7,2%)

-Goiás (6,8%)

-Rio Grande do Sul (6,3%)

-Roraima (6,2%)

-Paraná (6,1%)

-Rondônia (5,8%)

-Tocantins (5,5%)

-Mato Grosso do Sul (5,2%)

-Mato Grosso (4,4%)

-Santa Catarina (3,9%)

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