Publicado em 05/06/2023 às 16h44.

CVM inclui dois ex-CEOs em processo sobre o caso Americanas

Sérgio Rial foi o responsável por comunicar o rombo de R$ 29 bi; João Guerra Duarte Neto o substituiu

Redação
Foto: Americanas/divulgação

 

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) incluiu os ex-CEO da rede Americanas, Sérgio Rial e João Guerra Duarte Neto, na primeira acusação contra a varejista fruto de investigações no órgão de controle. Em janeiro, o grupo que tem como principais acionistas os bilionários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles revelou a existência de um débito de R$ 20 bilhões não contabilizados nos balanços da companhia.

Rial, que ficou 11 dias no cargo, era o CEO quando o rombo foi divulgado ao mercado. Já João Guerra Duarte Neto assumiu o cargo logo em seguida – sendo sucedido por Leonardo Coelho Pereira – e acumula o posto com o de diretor de Relações com Investidores.

Para a CVM, a revelação do montante não contabilizado foi confusa e feita pelo ex-CEO em uma teleconferência sem a participação de uma parte dos investidores. Por isso, Rial é suspeito de ter infringido a Lei das S.A., que exige “sigilo sobre qualquer informação que ainda não tenha sido divulgada para conhecimento do mercado”. Também pode ter violado a resolução da CVM que obriga a “divulgação e a comunicação de ato ou fato relevante”.

Já Guerra é acusado, na condição de diretor de Relações com Investidores, de também infringir a Lei das S.A., segundo à qual “os administradores de uma companhia aberta são obrigados a comunicar imediatamente à Bolsa de Valores e a divulgar pela imprensa qualquer deliberação da assembléia geral ou dos órgãos de administração da companhia”.

Recuperação judicial

Em razão dos problemas na contabilidade, a rede Americanas entrou em recuperação judicial nove dias após a descoberta do caso. Em março, o grupo apresentou um plano de pagamento de todas as dívidas – atualmente em torno de R$ 50 bilhões que envolve aporte dos sócios principais, venda de ativos e transformação de dívidas em ações. Dois meses depois, ainda não houve acordo com os credores.  Fonte: site Metrópoles

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