Publicado em 10/07/2020 às 13h28.

Empresária curitibana chora em vídeo, diz que deve fechar empresa e culpa prefeitura

Elisa Alberton contou que foi proibida pela Prefeitura de Curitiba de vender pela internet

Raphael Minho
Foto: Reprodução/Facebook
Foto: Reprodução/Facebook

 

A empresária de Curitiba, Elisa Alberton, dona das lojas Compreaki Calçados, chorou em um vídeo onde relata a ação de fiscais da Prefeitura de Curitiba que proibiram ela de comercializar os produtos na internet. O vídeo tem viralizado nas redes sociais desde a última quarta-feira (8), quando foi postado.

Elisa conta que no início da pandemia do novo coronavírus, ela contava com uma equipe formada por 12 funcionários, mas que ao iniciar julho a equipe já havia sido reduzida para apenas seis. “Que tipo de democracia nós estamos vivendo? Ou será que já estamos vivendo uma ditadura e esqueceram de me avisar? Porque o que aconteceu hoje de manhã na minha loja por volta de 11 horas foi digno de uma ditadura”, questionou.

Segundo relatos da empresária, desde o início da quarentena ela estava trabalhando sozinha em uma das suas três lojas na cidade e com as portas fechadas. Elisa gerenciava as redes sociais da empresa e negociava os produtos pela internet, entregando os produtos pelo Correios. Ela conta que na manhã da última quarta, dois fiscais da prefeitura e três guardas municipais bateram na porta da loja e proibiram ela de vender os produtos em plataformas on-line.

“Fui informada que os comunicados que eu tinha na porta com telefones para contato deveriam ser retirados, pois eu não poderia trabalhar com delivery, nem com entregas, nem com as redes sociais”, disse.

Elisa Alberton resolveu então questionar os fiscais sobre a proibição e eles alegaram falta de alvará para vender na internet. “O meu alvará é do ano 2000. Nesse ano não havia vendas on-line”, justificou.

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), comentou que indagou a equipe de fiscalização que relatou que a empresária atuava com as portas abertas e atendia aos clientes dentro da loja.

“A senhora alegou ter e-commerce e foi orientada pela equipe a manter a loja fechada, e vender só por e-commerce. Não foi sequer notificada. Contrariar Decreto Sanitário do Governador do Estado chama fiscalização. Guarde sua revolta contra o virus que mata. Está pesado mas vai passar mais rápido se mais gente cooperar”, afirmou.

O empresário Eduardo Reganan que possui uma loja de calçados na mesma rua defendeu Elisa e disse que ela estava trabalhando com as portas fechadas e que também foi noficado pelos mesmos profissionais.

“Estávamos com todas as portas fechadas, e tínhamos apenas nosso supervisor naquele momento, separando as mercadorias para as entregas feitas através de redes sociais e plataformas de e-commerce. São essas vendas que estão tentando manter nosso negócio em pé. Mas, meu supervisor foi notificado que não podemos nem entrar na loja, muito menos realizar vendas”, relatou.

Assista ao vídeo completo:

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