Publicado em 08/06/2023 às 15h40.

Especialistas preveem deflação para o Brasil em junho

Movimento foi intensificado com divulgação da desaceleração do IPCA, divulgado na quarta-feira, 7

Redação
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

 

As projeções de inflação para este ano estão sendo revisadas para baixo pelos agentes econômicos. Esse movimento já vinha ocorrendo há algumas semanas, mas foi intensificado com a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio na quarta-feira (7). O índice apresentou uma desaceleração e ficou abaixo das expectativas do mercado. Como resultado, alguns especialistas estão agora projetando a possibilidade de deflação para o mês de junho.

Isso significa que a inflação pode registrar um índice negativo neste mês, indicando uma queda nos preços conforme medido pelo IPCA. Essa é a previsão, por exemplo, do economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, em entrevista para o site Metrópoles.

“Revisamos nosso índice de junho para uma deflação de -0,05%, tendo o grupo de alimentos como o grande responsável por tal alteração”, avalia o especialista.

No relatório, Sanchez também revisou suas projeções para a taxa de inflação nos próximos dois anos. Para 2023, a estimativa foi reduzida de 5,4% para 5%, o que coloca o IPCA próximo do limite máximo da meta estabelecida em 4,75% para este ano. Já para 2024, a projeção foi ajustada de 3,8% para 3,7%.

Mesma projeção para junho foi feita pelo economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). “Em maio, houve uma desaceleração generalizada do IPCA e isso teve um efeito bastante animador no mercado”.

Na publicação, segundo André Braz, o índice de inflação pode registrar um aumento no segundo semestre, devido à retomada da cobrança de impostos federais sobre a gasolina e outros fatores. No entanto, ele também destaca que há uma queda geral nas previsões de inflação para 2023. Braz afirma que já houve uma mudança significativa no patamar das projeções. “As estimativas eram de 6% a 6,2% para este ano e, agora, estão ficando abaixo de 5,7%”.

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