Publicado em 28/03/2023 às 15h44.

Fabricante da Itaipava tem primeira liminar favorável a pedido de recuperação judicial

Conglomerado, que produz marcas como Itaipava, Crystal e Petra

Redação

O pedido de recuperação judicial do Grupo Petrópolis, o terceiro maior fabricante de cervejas do Brasil, teve seus efeitos antecipados por uma liminar da juíza Elisabete Longobardi, substituta da 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. O conglomerado, que produz marcas como Itaipava, Crystal e Petra, está prestes a ficar sem capital de giro e deve R$ 2,2 bilhões a credores.

Segundo a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, o Judiciário definirá adiante sobre a RJ, mas determinou desde já que os bancos se abstenham de reter valores que dificultem as transações das empresas. É uma primeira decisão favorável ao grupo.

A magistrada entendeu, a partir da argumentação do Petrópolis, que está comprovada a “dificuldade financeira” atravessada pelas empresas diante da redução no volume de vendas e do aumento da taxa Selic que, segundo o grupo, ampliou seus débitos.

A juíza chega a destacar, em concordância com os advogados, que essa é uma “grande crise enfrentada (pelo Petrópolis), como, nunca antes, em toda sua história”. E determina que os bancos Santander, Daycoval, BMG, Sofisa e o fundo de investimento Siena liberem valores em contas do grupo e se abstenham de reter montantes a receber, sob pena de multa.

Também foi nomeado o escritório do advogado Sergio Zveiter para a administração judicial.