Publicado em 18/12/2020 às 14h04.

Guedes reage a negociações políticas de projetos: ‘Não prometo mais nada’

"Falei 'em 15 semanas vamos mudar o Brasil'. Não mudou nada (...) Agora a mesma coisa. Aí a conta vem de novo, 'ele não entrega'", reclamou

Redação
Paulo Guedes, Minister of Economy of Brazil, speaking during Challenging the Dominance of the Dollar session at the World Economic Forum Annual Meeting 2020 in Davos-Klosters, Switzerland, 23 January. Congress Centre / Sanada. Copyright by Ciaran McCrickard/ World Economic Forum/ Fotos Públicas
Paulo Guedes, Minister of Economy of Brazil, speaking during Challenging the Dominance of the Dollar session at the World Economic Forum Annual Meeting 2020 in Davos-Klosters, Switzerland, 23 January. Congress Centre / Sanada. Copyright by Ciaran McCrickard/ World Economic Forum/ Fotos Públicas

 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira (18) que não vai mais prometer “nada”, após medidas anunciadas por ele não terem avançado devido a negociações do mundo político. Em sua avaliação, quem dá o timing para as reformas é a política, logo, suas declarações vão ter que mudar.

“Falei ‘em 15 semanas vamos mudar o Brasil’. Não mudou nada, teve a pandemia. Agora a mesma coisa. ‘Vamos anunciar em 90 dias as privatizações’, aí descubro que tem um acordo político para inviabilizar e não pautar. Aí a conta vem de novo, ‘ele não entrega’. Então estou aprendendo. Resultado: agora acabou, não prometo mais nada”, declarou.

De acordo com informações da Folha de S.Paulo, Guedes disse que espera do Congresso Nacional aprovações de medidas já enviadas, como a reforma administrativa e o Banco Central independente. Mas, de sua parte, tem apresentado projetos aos parlamentares na medida que abre uma janela.

“Estamos entregando quando a janela abre. Sempre que abre, colocamos o dedo lá. Mas a janela fecha toda hora, então, você tira para não perder a mão. Mas continuamos enfiando a mão até o último dia de governo”, afirmou.

Apesar das dificuldades mencionadas, o ministro disse que tem havido um reconhecimento do trabalho realizado. Por exemplo, a Bolsa que chega a 120 mil pontos e os juros a 2%.

As privatizações dos Correios, da Eletrobras, da PPSA e do Porto de Santos, no entanto, são objetivos dos quais não desiste. Isso porque, segundo Guedes, são essenciais para acabar com a corrupção.

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