Publicado em 06/12/2019 às 13h31.

Jogos de azar contribuem com a alta do IPCA na Região Metropolitana de Salvador

Cinco dos nove grupos de produtos e serviços que compões o IPCA tiveram altas na RMS, três deles tiveram deflação e apenas um se manteve estável

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Os jogos de azar tiveram a maior alta no mês de novembro e puxaram a inflação em Salvador. Os dados sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro foram divulgados nesta sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação chegou a 24,3% apenas no item de jogos. Nas loterias as apostas estão mais caras, só a Mega Sena teve um aumento de 28%, passando do valor de R$ 3,50 para R$ 4,50.

OS dados apostaram que a medida oficial da inflação na Região Metropolitana de Salvador aumentou 0,23%. O resultado acelerou em relação ao índice de outubro (0,08%) e ficou acima do que foi apurado em novembro. Porém, apesar da aceleração, o IPCA na RMS ficou bem abaixo da média nacional. Em novembro, o índice foi maior no município de São Luís /MA (1,05%), na Região Metropolitana de Belém/PA (0,93%) e em Rio Branco/AC (0,72%). Por outro lado, as RMs de Rio de Janeiro/RJ (0,17%) e Recife/PE (0,14%) e a cidade de Aracaju/SE (0,14%) tiveram as menores inflações.

Com esse resultado, a RMS acumula uma alta de 2,64% de janeiro a novembro de 2019, acelerando pela quarta vez seguida, depois de ter ficado em 2,40% em outubro, mas ainda abaixo do acumulado no mesmo período em 2018 (3,45%). Continua também abaixo do verificado no país como um todo (3,12%). A inflação da RMS também acelerou fortemente no acumulado nos 12 meses, indo a 3,22% em novembro, frente a 2,66% em outubro, mas ainda assim está abaixo da média nacional (3,27%).

Cinco dos nove grupos de produtos e serviços que compões o IPCA tiveram altas na RMS, três deles tiveram deflação e apenas um se manteve estável.

O maior aumento ficou com as despesas pessoais (1,53%) e jogos de azar (24,3%). Em seguida, o grupo de alimentação e bebidas aparece com 0,32% de aumento, voltando a aumentar após três quedas consecutivas, após os avanços nos preços dos alimentos consumidos em casa e fora de casa. Entre os alimentos que mais contribuíram com a alta da inflação em novembro está carnes em geral (3,2%). Além disso, as despesas com habitação também contribuíram para a aceleração do IPCA, como a energia elétrica (0,9%), que aumentou nos meses de outubro e novembro com a mudança da bandeira.

Os itens que mais contribuíram para controlar a inflação em novembro em Salvador foram transportes (-0,25%) e artigos de residência (-0,9%). Nos transportes, a principal influência veio dos combustíveis (-0,9%), com destaque para a gasolina (-0,76%) e o etanol (-2%), seguidos pelos automóveis novos (-0,77%). Já nos itens de residência, houve quedas nos preços médios de mobiliário (-1,83%) e TV, som e informática (-2,79%). Apesar do aumento nos preços de alimentos e bebidas, alguns itens tiveram deflação: batata-inglesa (-22,44%), tomate (-18,77%) e cebola (-9,26%).

Na Região Metropolitana de Salvador, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação das famílias com menores rendimentos, também acelerou em novembro, chegando a 0,21% – em outubro tinha sido de 0,10% e em novembro de 2018, -0,21%. Mesmo com a aceleração em relação a outubro, o INPC de novembro na RMS também ficou bem abaixo da média nacional (0,54%).

Com o resultado do mês, o índice acumulado no ano de 2019, na RMS, acelerou para 2,58% (frente a 2,36% em outubro). Já no acumulado nos 12 meses encerrados em novembro, o INPC da RMS está em 3,23%. Em ambos os casos, os acumulados estão abaixo da média nacional (3,22% e 3,37% respectivamente).

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