Publicado em 12/08/2020 às 16h46.

Perdas mensais do comércio com pandemia caem para R$ 45,6 bi em julho

Início da retomada e dados do IBGE fizeram a CNC reduzir a previsão de queda do PIB do varejo este ano

Redação
Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT
Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT

 

Em julho, o comércio brasileiro registrou perdas de R$ 45,6 bilhões em razão dos reflexos econômicos da pandemia do novo coronavírus. O número é alto, mas significativamente abaixo dos R$ 77,4 bilhões contabilizados em abril. Em junho, quando algumas capitais e estados iniciaram reabertura, o tombo ficou em R$ 54,6 bilhões, segundo números revelados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Segundo Fabio Bentes, outro fator que explica a evolução verificada a partir de maio é a intensificação de ações de venda via e-commerce: “A quantidade de pedidos no comércio eletrônico aumentou gradativamente ao longo da pandemia, chegando a alcançar 142% de crescimento em junho, em comparação com o mesmo mês do ano passado”.

Com base nos dados da retomada e na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) de junho – divulgada nesta quarta-feira (12) pelo IBGE -, a CNC melhorou a previsão de queda no PIB do comércio este ano. No varejo ampliado, a entidade passou a projetar um recuo de 6,9%. Antes, a estimativa para o setor que inclui material de construção e veículos era de 9,2% negativos

No varejo restrito – que exclui os ramos automotivo e de construção –, a projeção de queda também diminuiu, passando de 6,3% para 4,7%.

De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, outro ponto positivo nesse processo de retomada da economia são os programas adotados pelo governo, como o auxílio emergencial. “O coronavoucher ajudou a recompor, ainda que parcialmente, a capacidade de consumo da população, comprometida pela queda de rendimentos, em decorrência do agravamento da crise no mercado de trabalho”, afirmou.

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