Publicado em 24/05/2016 às 16h00.

Transações correntes têm resultado positivo em abril, diz BC

De acordo com analistas do Banco Central, o superávit de US$ 412 milhões é o primeiro para esse mês, desde 2009

Jaciara Santos
Tulio Marcio
Tulio Marcio: ‘Foi uma surpresa, a gente caminhava para isso, mas ocorreu um pouco mais cedo’ (Foto: Agência Brasil)

 

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, disse nesta terça-feira, 24, que o resultado das transações correntes de abril, positivo em US$ 412 milhões, foi o primeiro superávit para o mês desde abril de 2009. “Foi uma surpresa, a gente caminhava para isso, mas ocorreu um pouco mais cedo”, afirmou.

Segundo ele, o resultado foi possível com o resultado verificado na balança comercial, que teve saldo positivo de US$ 4,647 bilhões no mês. “Abril é um mês sazonalmente favorável para a balança, mas anda assim foi melhor”, salientou.

De acordo com Maciel, a retração da atividade econômica e o câmbio influenciaram em praticamente todos os fluxos do mês. O técnico informou que o BC vai rever a projeção de US$ 25 bilhões na conta corrente em 2016 no próximo mês. “O déficit deve ser menor que isso”, disse, antes de informar que a projeção para maio está próxima da neutralidade, perto de US$ 200 milhões de déficit.

Fluxo – Maciel também apresentou dados parciais do fluxo cambial de março, registrados até o dia 20. Segundo ele, o fluxo total no período está negativo em US$ 4,066 bilhões. Nesse universo, está incluído o resultado negativo de US$ 9,827 bilhões no fluxo financeiro e o dado positivo de US$ 5,761 bilhões no fluxo comercial.

O representante do BC informou ainda que, até o dia 20 deste mês, o saldo de remessa de lucros e dividendos ficou negativo em US$ 532 milhões, enquanto os gastos com juros foram de US$ 620 milhões. Em ações, foram registradas saídas líquidas de US$ 792 milhões, enquanto as saídas líquidas de títulos domésticos tiveram resultado expressivo de US$ 4,032 bilhões.

Segundo ele, o último número pode ser explicado pela realização de resultados e o movimento do câmbio, além do grande volume de recursos que entrou no país para investimentos nesses títulos em 2014 e 2015 (US$ 43 bilhões).

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