Publicado em 20/08/2024 às 10h10.

‘Não quero nenhum policial com adesivo partidário misturado à farda’, diz Jerônimo

Governador afirmou que pedirá à cúpula da SSP ações contra possíveis interferências no pleito, a exemplo do que fez a PRF no segundo turno presidencial em 2022

Alexandre Santos / André Souza
Foto: Jamile Amine/bahia.ba

 

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) se reunirá com a cúpula das forças de segurança da Bahia para cobrar ações contra possíveis interferências no processo eleitoral em todo o estado, a exemplo do que ocorreu em 2022, quando a PRF (Polícia Rodoviária Federal) foi usada para tentar impedir o deslocamento de eleitores do presidente Lula (PT) no segundo turno da eleição contra Jair Bolsonaro (PL).

Ele também disse que vai procurar o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) para assegurar o ir e vir dos eleitores no dia de votação.

“Eu chamei a minha Secretária de Segurança pedindo que eu quero a lisura. Não quero nenhum policial meu, nenhum, com adesivo partidário misturado com a farda, de lado nenhum. O que eu quero é que o melhor na urna ganhe, sendo meu [aliado] ou não. Eu tenho que primar pela democracia. Nós sabemos que nós sofremos nas eleições com a Polícia Rodoviária Federal atrapalhando o processo de democracia. Isso não cabe no meio da gente. Que ganhe o melhor, que faça a disputa”, disse o governador na manhã desta terça-feira (20), durante a entrega de ambulâncias no pátio da Sesab (Secretaria de Saúde), no CAB.

“Vou me reunir com todas as forças [de segurança] e com o TRE. Vou pedir uma reunião com a Polícia Rodoviária Federal para que crie um ambiente de confiança, para que crie um ambiente de que a gente não possa usar a farda ou o poder de polícia para puxar para um canto ou para outro”, declarou o governador.

No último pleito presidencial, Silvinei Vasques, então diretor-geral da PRF, determinou a realização de blitze no transporte de eleitores, principalmente no Nordeste, região onde o Lula teve ampla margem de votos.

Ao determinar os bloqueios, Silvinei descumpriu ordem do ministro do STF e então presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes.

Na semana passada, o ex-diretor da PRF e outras cinco pessoas foram indiciados pela Polícia Federal sob suspeita do uso da estrutura da corporação em favor do então presidente Jair Bolsonaro.

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