Publicado em 10/01/2024 às 08h15.

Valdemar diz que aliança de Marta com Boulos não é surpresa: ‘Sempre foi de esquerda’

‘Mesmo quando foi para outros partidos nunca deixou de ser. É a praia dela, são os amigos dela’, disse o presidente do PL

Redação
Foto: Agência Brasil

 

Apesar de ter dito no ano passado que via com bons olhos a composição de uma chapa formada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) e Marta Suplicy (sem partido), em São Paulo, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse não estar surpreso com a adesão da ex-ministra à candidatura de Guilherme Boulos (Psol) na capital paulista.

“A Marta sempre foi de esquerda. Mesmo quando foi para outros partidos nunca deixou de ser. É a praia dela, são os amigos dela”, disse ele à coluna Painel, na Folha de S. Paulo. “Não é bem que eu defendi que ela fosse vice, o que eu falei foi que ela tem voto na periferia. Daí achei que para o Nunes isso era bom, mas o pessoal não quis”, justificou o dirigente partidário.

Ao comentar o cenário eleitoral de SP, Valdemar minimizou o impacto eleitoral da entrada de Marta na chapa de Boulos. “Para o Boulos não vai influenciar. Ele só tem voto na periferia, que é onde ela tem também. Ele precisaria de alguém que tivesse votos nas áreas centrais”, argumentou, o presidente do PL, que prevê rusgas entre os novos aliados, caso o deputado do Psol seja eleito prefeito. “O Psol é assim, se chegar ao poder vai deixar os petistas falando sozinhos, não é só a Marta”, avaliou.

Apesar de antever um futuro não muito promissor para Marta Suplicy, ele preferiu não aderir ao grupo que a classifica como “traidora”, pelo fato de deixar uma secretaria na gestão de Ricardo Nunes para se filiar ao PT e disputar a eleição na chapa do principal adversário do prefeito. “É difícil julgar. Não posso falar isso. Governo é governo, é difícil resistir”, disse ele em referência às conversas da ex-ministra com o presidente Lula (PT).

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