Publicado em 23/05/2016 às 10h00.

Ataque contra Ana Hickmann foi premeditado, diz polícia

Agressor, Helissom Augusto de Pádua, era recluso, não trabalhava, passava o tempo entre a casa e a academia e teve tempo para programar o ataque

Rebeca Bastos
Ana Hickmann deixa delegacia após prestar depoimento em Belo Horizonte (Foto; Denilson Dias/ Estadão Conteúdo)
Ana Hickmann deixa delegacia após prestar depoimento em Belo Horizonte (Foto; Denilson Dias/ Estadão Conteúdo)

 

O morador de Juiz de Fora, Rodrigo Augusto de Pádua, de 30 anos, premeditou o ataque a Ana Hickmann em um quarto do Hotel Ceasar Business, em Belo Horizonte, que terminou com a morte do agressor e ferimentos na assessora Giovana Oliveira, que acompanhava a apresentadora de televisão, segundo as investigações da Polícia Civil de Minas.

No domingo (22), a assessora, que levou dois tiros, já estava consciente e em situação estável, embora seu quadro ainda exigisse cuidados. Ana Hickmann afirmou em nota estar “profundamente abalada e triste.”

Segundo o irmão do agressor, Helissom Augusto de Pádua, o parente era recluso, não trabalhava e passava o tempo entre a casa e a academia. De acordo com Helissom, a família sabia que Rodrigo enviava mensagens nas redes sociais para a apresentadora. Os textos indicavam que estaria apaixonado.

Ana Hickmann estava na cidade para o lançamento de uma coleção de roupas de sua grife. O anúncio da presença da apresentadora na cidade já vinha sendo feito em Minas Gerais havia pelo menos 15 dias. O evento estava marcado para as 15 horas de sábado. Dessa forma, o agressor preparou sua ação.

Conforme as investigações da Polícia Civil, Rodrigo de Pádua se hospedou no hotel na sexta-feira (20) utilizando um nome falso. No sábado, depois do almoço, seguiu para o hall do estabelecimento, que fica na zona sul de Belo Horizonte. Foi quando o agressor abordou o empresário e cunhado da apresentadora, Gustavo Corrêa, e o obrigou a levá-lo ao quarto onde estava Ana, ao lado de Giovana.

Armado com um revólver calibre 38, Pádua mandou que todos ficassem de frente para a parede e passou a agredir verbalmente a apresentadora. Em seguida, teria disparado a arma. Dois tiros atingiram a assessora. A partir daí, Corrêa reagiu, entrou em confronto com Pádua, tomou-lhe a arma e teria atirado contra o agressor, que morreu no local.

Em seguida, o empresário desceu até a recepção, entregou a arma e pediu que a polícia fosse chamada. A PM chegou ao Caesar por volta das 14 horas.

Depois de ouvir Ana Hickmann e o empresário, o delegado responsável pelo caso, Flávio Grossi, concluiu que houve possível reação em legítima defesa por parte do empresário. Tanto a apresentadora como o empresário foram liberados. Ana Hickmann retornou para São Paulo, onde mora. Corrêa permanece em Belo Horizonte para acompanhar o estado de saúde de Giovana, sua mulher. O marido de Ana Hickmann, Alexandre Corrêa, esteve em Belo Horizonte e voltou para São Paulo com a mulher.

Em nota à imprensa, a apresentadora Ana Hickmann afirmou estar “profundamente abalada e triste” com o que aconteceu em Belo Horizonte. “Nunca pensei que isso poderia acontecer! Nunca pensei que o ser humano fosse capaz disso! Foi terrível! Estou profundamente abalada e triste! Só peço que todos rezem por minha cunhada para que ela se recupere logo”, afirmou a apresentadora na nota. À noite, falou com exclusividade ao Domingo Espetacular da TV Record.

Na rede social Instagram, utilizando o perfil de sua mulher, Giovana, que está internada, Corrêa afirmou que o caso foi uma “aberração”. Ele foi chamado de herói por seu irmão, marido da apresentadora.

Estável – Giovana foi submetida a uma cirurgia de emergência, ainda no sábado, para tratamento de lesões intestinais e vasculares produzidas pelos dois tiros que a atingiram. Ela foi baleada no abdomem e no braço. Até a noite de ontem, a assessora estava em tratamento intensivo no Centro de Terapia Intensiva do Biocor. De acordo com o boletim médico, a assessora já respira sem ajuda de aparelhos, está lúcida, acordada, consciente e com sinais vitais estáveis, apesar de ainda estar sob riscos.

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