Bandas afro se encontram na reabertura da Concha Acústica

Apresentação acontece dia 13 de maio, em conjunto com a cantora Maria Bethânia, e terá 90% dos convites destinados a pessoas de programas sociais e culturais

Redação

A reinauguração da Concha Acústica vai reunir também no dia 13, primeiro dia do festival “Eu sou a Concha”, seis grandes bandas afro de Salvador. O encontro vai girar em torno do espetáculo cênico-musical Kindembu que traz a linguagem e a relevância do Afoxé Filhos de Gandhy, Cortejo Afro, Ilê Aiyê, Malê Debalê e Muzenza, em diálogo criativo com músicos da nova geração, além da participação especial do grupo Olodum.

Para o diretor artístico do festival, Elísio Lopes Jr, o encontro de entidades de matriz africana no palco da nova Concha vai ser um dos destaques da reabertura do local. Ele explica que o conceito do show é os blocos afros apresentarem suas estéticas, danças e músicas e se encontrarem no palco com artistas de outras vertentes musicais.

Segundo Vovô do Ilê, é a primeira vez que um equipamento cultural leva para a sua inauguração pessoas transformadas por programas sociais e culturais. O presidente de um dos blocos afros mais importantes do país, o Ilê Aiyê, se refere ao fato de que no dia em que as bandas afro se apresentaram 90% dos convites serão distribuídos para um público especial, de instituições como as Obras Sociais Irmã Dulce, Hospital Martagão Gesteira, Projeto Axé, programa Neojiba, jovens das Bases Comunitárias de Segurança da capital baiana, membros dos projetos sociais geridos pelo Ilê Aiyê e pelo Olodum, entre outras entidades.

O secretário de Comunicação do Estado, André Curvello, diz que a estratégia é inédita. “O objetivo é garantir o acesso de pessoas que não têm condições de frequentar a maioria dos nossos espaços culturais. Jovens que já estão sendo transformados pela música terão a oportunidade de assistir ao show histórico de uma das maiores cantoras baianas”, afirmou.