Publicado em 04/04/2016 às 09h00.

Grupo que saiu de voo em apoio a Érico Brás vai à Justiça

Ator também vai processar piloto, que o expulsou de avião da Avianca após confusão com bagagem

Redação
Foto: Reprodução Rede Globo
Foto: Reprodução Rede Globo

 

Os oito passageiros que deixaram o avião da Avianca em solidariedade a Érico Brás, expulso do voo pela Polícia Federal, a mando do comandante, vão entrar na Justiça contra a empresa aérea.  Entre eles está Nilcemar Nogueira, neta do sambista Cartola e fundadora do Museu do Samba que, em conversa com o site Ego, disse não ter dúvida de que o episódio foi arbitrário.

“Ficou claro que houve ali assédio moral, abuso de poder e racismo. Em nenhum momento Érico e a mulher, Kênia Maria, foram grosseiros, ela inclusive é um doce. O comandante foi muito mal educado e estava estranhamente agitado, bem como toda a tripulação. Érico foi agredido moralmente e ainda foi obrigado a deixar a aeronave sob a alegação de colocar o comandante em perigo. Metade do avião se solidarizou com a situação do Érico e, comigo, mais sete pessoas deixaram a aeronave em apoio a ele. Vamos entrar na Justiça contra a Avianca”, afirmou Nilcemar.

Érico, que está no ar no “Zorra”, e Kênia Maria estavam no avião que os levaria para o Rio, quando ela tentava encontrar um lugar para guardar sua bagagem de mão. Diante da dificuldade de achar um local vazio no compartilhamento de malas, Kênia tentou guardá-la embaixo da poltrona da frente. Segundo Nilcemar, o comandante chegou agitado e agressivo, arrancou a bolsa da mão de Kênia e a guardou violentamente em um compartimento lotado de bagagens.

Logo após ao ocorrido, Érico disse acreditar que a atitude do comandante foi racista e que essa não é a primeira vez que vivencia esse tipo de problema. O ator disse que, além de ter registrado sua denúncia na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac),  também irá processar a Avianca e o comandante. “Vou levar o caso para o Fórum do Rio, que é onde moro e gravo o “Zorra”. O comandante não tinha crachá, bem como todos da tripulação. Portanto, não sei o seu nome, mas processarei a Avianca e o comandante por assédio, danos morais e racismo”, disse o ator. A Avianca, em nota, afirmou que mantém sua prioridade na segurança do voo.

A Avianca enviou o seguinte comunicado à imprensa: 

“A Avianca Brasil vem a público esclarecer que repudia veementemente qualquer ação que viole os direitos dos cidadãos e que despreza todo tipo de discriminação ou manifestação preconceituosa.

A companhia volta a ressaltar que o passageiro em questão foi retirado do voo por agentes da Polícia Federal por se recusar a cumprir e atender às reiteradas solicitações de segurança feitas pelos comissários, no estrito cumprimento de suas funções.

Atenciosamente,
Avianca Brasil”

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