Publicado em 14/10/2016 às 15h15.

Marca de roupas usa estampa de escravas e revolta consumidores

Denunciado em rede social pela servidora pública Tâmara Isaac, caso desencadeou protestos em cascata; rede de lojas anunciou que vai recolher as peças

Redação
Foto: Reprodução/Facebook
Foto: Reprodução/Facebook

 

A grife feminina Maria Filó ganhou as redes sociais ao usar a escravidão no período colonial brasileiro como estampa de uma camiseta. A servidora pública Tâmara Isaac, que é negra e trabalha em uma ONG de Defesa do Consumidor, divulgou nesta quinta-feira (13) um desabafo em seu perfil no Instagram.

“É uma estampa de escravas entre palmeiras. É uma escrava com um filho nas costas servindo uma branca? Perguntei à vendedora se aquela estampa tinha alguma razão de ser ou se era só uma estampa racista mesmo. Ela, me dirigindo a palavra pela primeira vez, não soube responder. Entrei no site da marca, com a esperança de que houvesse algum sentido naquilo, mas só encontrei uma marca que não satisfeita em representar somente mulheres brancas achou que esse Toile de Jouy de escravas seria de muito bom gosto”, escreveu.

O post desencadeou protestos em cascata e a rede de lojas anunciou que irá recolher todas as peças com a estampa. “A estampa em questão buscou inspiração na obra de Debret. Em nenhum momento tivemos a intenção de ofender. Pedimos sinceras desculpas e informamos que já estamos tomando as devidas providências para que a estampa seja retirada das lojas”, afirma o comunicado da empresa.

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