Publicado em 18/11/2019 às 07h55. Atualizado em 06/12/2019 às 22h38.

Mariene de Castro será a grande atração do Dia do Samba em Salvador

Tradicional evento da capital baiana será mais uma vez realizado no Rio Vermelho; Jackson do Pandeiro, que celebra o centenário em 2019, será o homenageado

André Carvalho
Foto: Karina Zambrana
Foto: Karina Zambrana

 

Há quem diga que samba é religião. Para o sambista Riachão, “Deus é a música”. Na terra onde o sagrado e o profano se encontram, Bahia dos carnavais e das lavagens, o Dia do Samba é como se fosse um dia de santo. Festejado em praça pública desde 1972, quando foi realizada a Noite de Samba e Dendê no antigo campo da Graça, a celebração do Dia do Samba em Salvador já faz parte do calendário de festas tradicionais da cidade.

“Dia dois, dois de dezembro, eu vou para a Bahia sambar, eu vou para lá”. Assim cantou Edil Pacheco, organizador da festa desde 1987, no samba “Terreiro de Jesus”, parceria com João Bosco e Francisco Bosco, que faz referência à homenagem de Dorival Caymmi a outra célebre festa popular baiana – aquela em louvor a Iemanjá, que acontece exatos dois meses depois.

Neste ano, a grande atração do Dia do Samba em Salvador, a ser realizado no sábado (7), será Mariene de Castro. A informação foi dada em primeira mão ao bahia.ba pelo organizador do evento, Edil Pacheco. O sambista também confirmou que o homenageado deste ano será Jackson do Pandeiro, que comemora o centenário de nascimento em 2019. Assim como no ano passado, a celebração terá como palco a Praça Caramuru, no Rio Vermelho.

“Eu acho que a Bahia vai ficar mais linda com a presença de Mariene no Dia do Samba”, disse Pacheco ao bahia.ba. “Ela é uma cantora maravilhosa, que comunga com o nosso pensamento de valorizar a cultura brasileira, principalmente o samba”.

O compositor baiano, autor de clássicos como “Ijexá” e “De amor é bom”, lembra que Mariene já canta no Dia do Samba há muitos anos, “quando ainda não era tão conhecida” além das fronteiras do estado. “Eu acho que o Brasil ganhou uma estrela de primeira grandeza. A Bahia está de parabéns”, celebrou.

Sobre a escolha de Jackson do Pandeiro como o homenageado da festa, Pacheco ressaltou que o paraibano era um exímio cantor de sambas e “um grande mestre na arte da divisão [musical]”.

“Eu escutava muito Jackson do Pandeiro na minha adolescência. Ele foi o primeiro a gravar sambas de Riachão, gravou música de muita gente. Não era um compositor muito efetivo, mas gravou muita coisa boa, então é uma referência maravilhosa”, afirmou o sambista à reportagem.

A celebração ao ritmo mais popular do Brasil em Salvador contará, mais uma vez, com a apresentação dos mais consagrados sambistas da Boa Terra. Além de Edil Pacheco, subirão ao palco baluartes como Nelson Rufino, Walmir Lima, Guiga de Ogum e Roberto Mendes, além de artistas com destacadas trajetórias na capital baiana, como Firmino de Itapuã, Juliana Ribeiro, Gal do Beco, Gerônimo, Chocolate da Bahia, Tomho Matéria e Paulinho Camafeu.

Fecham a lista de atrações Fred Dantas, Muniz do Garcia, Vânia Bárbara, Luci Laura, Claudia Costa, Neto Balla, Roque Bentenquê, Enio Bernardes, Aloisio Menezes, Alexandre Leão, Cicinho de Assis, Gabriela Lima, Dado Brazawilly e Verônica Dumar. O grupo Cor do Brasil será responsável pelo acompanhamento dos sambistas.

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