PMDB não abre mão de vaga na chapa majoritária em 2018, diz Lúcio
Deputado federal e presidente da sigla em Salvador afirmou que não está descartada a possibilidade de Geddel Vieira Lima compor a majoritária
A vaga que o PMDB da Bahia vai ocupar na chapa da oposição em 2018 ainda está indefinida, mas uma coisa é certa: o partido não vai abrir mão de compor a majoritária. É o que garante o presidente da sigla em Salvador e deputado federal, Lúcio Vieira Lima, em entrevista ao bahia.ba. Segundo ele, não faltam “nomes com potencial” na legenda para concorrer aos cargos.
Na avaliação do parlamentar, o nome do ex-ministro da Secretaria de Governo e seu irmão, Geddel Vieira Lima, não está descartado da composição majoritária do próximo ano, apesar das investigações contra o peemedebista, que já foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal. “Primeiro temos que aguardar o desdobramento de todos os fatos”, frisa.
Lúcio vê com “normalidade” haver denúncias contra políticos. “Todo dia tem uma. Até porque tem a oposição, que leva a se fazer uma série de denúncias. Agora, o político quando sofre uma denúncia tem que ser investigado e não é uma vergonha para ninguém”, pontua.
Ainda na entrevista, o congressista afirmou que há “muita especulação” sobre o pleito de 2018, mas não descartou rumores de que pode fazer uma dobradinha com o irmão: Geddel como candidato a deputado federal e ele como estadual. “Possibilidade na política tem de tudo, mas em nenhum momento conversamos sobre isso”, salientou.
Presidente da Comissão da Reforma Política na Câmara, Lúcio Vieira Lima acredita que alguns pontos devem ser alterados para a eleição de 2018: o fim das coligações proporcionais e o financiamento de campanha. Para as próximas, a cláusula de barreira.
Confira a entrevista na íntegra:
bahia.ba – O senhor é o presidente da Comissão da Reforma Política. O que tem sido discutido?
Lúcio Vieira Lima – Temos quatro temas que são importantes. Dois estão sendo discutidos na nossa comissão e outros já foram aprovados no Senado, que são a cláusula de barreira e a questão do fim das coligações. Agora, vão para a Câmara. Na nossa comissão, que é para discutir todos os temas, estamos se pegando na questão do sistema de governo e no financiamento da campanha política. Definindo esses quatro pontos já será uma reforma política que se não for a ideal, é a possível.
.ba – O sentimento é de que a Câmara irá aprovar a cláusula de barreira?
LVL – Acho que todo mundo sabe da necessidade de aprovar a cláusula de barreira. Não se pode ter um país com um Congresso com 26 partidos funcionando e 35 já formados. E mais 15 ou 20 prontos para entrar. Na próxima eleição, poderemos ter 50 partidos aptos a disputar a eleição. Tenho que convir que isso não é bom para a democracia até porque o eleitor tem que ter identidade com os partidos políticos. Tem que ter o conhecimento dos partidos políticos, que bandeira defendem e o segmento que representa. Com esse tanto de partido, termina tudo ficando igual. Deixe de votar na bandeira, nos projetos e acaba votando no indivíduo. Além do mais, para o Congresso funcionar com 25 lideranças, mais lideranças de maioria, disso e daquilo… Termina burocratizando muito o funcionamento da Casa. Então, as medidas que deveriam ser aprovadas com agilidade terminam com isso… até porque o regimento da Casa foi feito quando tínhamos um bipartidarismo, MDB e Arena. Então, você tem uma eleição da Câmara da presidência que tem de fazer todo o tipo de negociação, negociando cargos. Estou vendo aí já um absurdo que já está anunciado, tão tentando fazer um trem da alegria na Câmara, que vai dividir cargos existentes, vai pegar as funções gratificadas de funcionários para parlamentares indicarem de livre nomeação. Fruto dos acordos para construir uma maioria. Sem contar as despesas que têm para o Legislativo e consequentemente para o povo, porque tem que ter salas para todas as lideranças, para todos os funcionários… Então, há um consenso da necessidade [da cláusula de barreira], mas também há um consenso de que não pode ser feito de maneira abrupta. Não pode mudar a regra do jogo com o campeonato em andamento.
.ba – Então, em 2018 dificilmente teremos 100% da cláusula de barreira?
LVL – Não terá, pode ter até um percentual pequenos para ir, ter uma transição. Até porque temos partidos históricos, orgânico, ideológico, como o PSOL, que tem de se preparar para um novo momento. Eles poderiam crescer de outra forma, fazer alguns sacrifícios, colocando quatro que tenham votos com o objetivo de atingir aquele percentual que possibilidade eles existirem como partido e, na verdade, receber fundos partidários. Cometi até um erro. Não quer dizer que não vão existir. Nos Estados Unidos, quando a gente fala em partido político, a gente pensa em Democratas e Republicano, mas existem muitos partidos que não conseguem ter representatividade no Congresso porque não teve aquele número necessário. Então, vai ser a mesma coisa. Vai pode ter 50 partidos, mas que com a cláusula de barreira, só teremos cinco, seis ou sete representados na Câmara dos Deputados. Ou seja, quem não atingiu a representação, tem que melhorar, ir para as ruas para conseguir ter seus quadros no Congresso Nacional.
.ba – A eleição de 2016 foi marcada por muitas críticas. Uma delas foi relacionada ao tempo de campanha, de 45 dias. Haverá mudança na temporalidade?
LVL – Sou apenas o presidente da comissão, apenas conduzo os trabalhos. Posso dizer que é o pensamento de alguns colegas e o da Casa. Realmente ficou muito estreito o tempo até para os tribunais julgarem os registros das candidaturas. Passada a eleição, ainda ficam discutindo quem seria o prefeito em algumas cidades, porque não deu tempo de o tribunal julgar. Quando encurtou o prazo criou uma anormalidade, porque podia gastar, mas não podia arrecadar. Então, tudo isso começa a estimular caixa 2 e isso nós temos que evitar. Então, com toda a certeza, haverá sim um aumento desse prazo. Tanto porque a Justiça Eleitoral pleiteia quanto porque não bateu bem a pré-campanha.
.ba – Haverá mudança no tempo de TV?
LVL – Na reforma política, uma coisa é ligada à outra. Neste caso, qual é a ideia? Caso haja coligações para majoritária defende-se que o tempo de televisão some-se apenas o do candidato a governador e o de vice. É uma maneira de evitar o comércio, a compra de partido por tempo de televisão. Vamos pegar Salvador como exemplo. Se Neto for candidato ao governo do Estado, o DEM dá o tempo dele. Se o PMDB indicar o vice, soma com o tempo do PMDB. Mas, se não indicar, o vice for do PPS, o tempo será do PPS. Vai somar o tempo do candidato da majoritária mais o vice. A ideia é essa para 2018. Não quer dizer que será aprovada.
“Para 2018 é o seguinte: quem for eleito agora, poderá ser reeleito. Agora, essas mudanças radicais que mudam muito a questão da eleição só vão dar certo se for para entrar em vigor daqui a 10 anos.”
.ba – Pode ser implementada a redução do mandato para cinco anos sem direito a reeleição? Isso já pode ser para 2018?
LVL – Creio que não. Tem um fator aí que é a questão do Senado, que são oito anos de mandato. Para se aprovar cinco anos para deputado, terá que aumentar o Senado para 10 e essa não é uma tendência. O contrário. O Senado também não aceita reduzir e, como também vota, fica difícil. Mas a tendência, não para agora, é acabar com a reeleição.
.ba – Para 2018 continua?
LVL – Vai. Para 2018 é o seguinte: quem for eleito agora, poderá ser reeleito. Agora, essas mudanças radicais que mudam muito a questão da eleição só vão dar certo se for para entrar em vigor daqui a 10 anos. Os parlamentares acham que se elegeram com essas regras, então, têm medo de que mudem.
.ba – A mudança de regime do presidencialismo para o parlamentarismo também não está em pauta?
LVL – Não. Neste momento, não. O povo também não está preocupado com isso neste momento.
.ba – Em relação a 2018, o senhor já fez uma publicação no Instagram em que defende a candidatura de ACM Neto para o Governo da Bahia. Está sacramentada a posição do PMDB para a próxima eleição? Hoje já se pode dizer que o grupo vai permanecer unido em 2018?
LVL – Eu já estou noivo. Então, não tem porque não casar se a noiva [ACM Neto] está correspondendo e está sendo séria. Por que vou desperdiçar um casamento? Vamos apenas dar continuidade a esse projeto, ampliando, não sendo apenas em Salvador, mas em toda a Bahia. Aí o PMDB marchará com ACM Neto. Logicamente, tem que ter as conversas, porque eu não sou dono do PMDB, nem Geddel. A gente vai conversar com o partido, que é formado por vereadores, prefeitos, deputados estaduais, sindicatos e lideranças dos mais diversos setores.
“Eu já estou noivo. Então, não tem porque não casar se a noiva [ACM Neto] está correspondendo e está sendo séria.”
.ba – No acordo de 2016, ficou algo certo para 2018?
LVL – Nada, nada, nada. Esqueça. Nenhum compromisso. Ninguém faz esses acordos de dois anos, quatro anos, em política. Não existe isso. Acordo em política de um dia já é difícil, muita gente não cumpre, imagine de dois anos para frente.
.ba – Em 2014, Geddel quis ser candidato a governador. Chegou a ser anunciado extraoficialmente, mas, de última hora, Paulo Souto foi o escolhido. Mas agora tem uma série de denúncias contra Geddel. A avaliação que se tem é de que ele não teria como encabeçar uma chapa. O PMDB ainda acredita que poderá ocupar uma das quatro vagas majoritária com Geddel?
LVL – Há algumas denúncias contra Geddel, que há contra todos os políticos. Não vejo uma série de denúncias. Na verdade, denúncia em política é uma coisa normal até. Todo dia tem uma. Até porque tem a oposição, que leva a se fazer uma série de denúncias. Agora, o político quando sofre uma denúncia tem que ser investigado e não é uma vergonha para ninguém. Você pode ter um vizinho seu que brigou e vai fazer uma queixa na polícia. Vai abrir um inquérito. Então, isso é normal. Uma vez aberto o inquérito, se for comprovada a culpa, será condenado, se não for será absolvido. Infelizmente, no Brasil, a manchete de denúncia é muito maior do que a manchete que inocenta. Então, primeiro temos que aguardar o desdobramento de todos os fatos e, segundo, estamos no projeto da oposição liderado por Neto. Aí você me pergunta: Geddel ou outro peemedebista poderá estar na chapa? Claro que pode. Se Neto amanhã falar que não é candidato? Se você pergunta hoje, ele diz: ‘não sei ainda’. Vou aguardar ele decidir com o travesseiro dele. Depois que decidir, o PMDB decidirá com o seu travesseiro. Agora, nomes para disputar qualquer uma das quatro posições, o PMDB tem e sobra.
.ba – Lúcio Vieira Lima é um deles?
LVL – Lúcio Vieira Lima, Bruno Reis, Geddel Viera Lima, deputado Leur Lomanto, Pedro Tavares, Hildécio. Nomes temos à vontade.
.ba – É possível que Geddel seja candidato a deputado federal com Lúcio candidato a estadual? Existe alguma possibilidade disso?
LVL – Possibilidade na política tem de tudo, mas em nenhum momento conversamos sobre isso. Tem muita especulação. Não tem conversa nenhuma neste sentido. Agora, acho muito difícil o PMDB abrir mão de uma vaga na majoritária. Dificílimo.
.ba – Em relação ao cenário nacional, Michel Temer sai candidato à reeleição?
LVL – Não creio. Quando houve o afastamento da presidente Dilma no processo de impeachment, não havia plano de ele ser candidato depois. Estávamos vendo que o país estava passando por um momento de dificuldade e que a presidente Dilma tinha perdido as condições de governar. Então, tinha que fazer uma mudança para tentar melhorar e hoje já começamos a observar na economia, que é o maior problema do Brasil, uma melhora. Para dar certo, Temer não pode se preocupar em querer ser candidato. Esse é, inclusive, um dos argumentos para quem é contra a reeleição para cargos no Executivo, como eu sou. Você se elege e já começa a pensar na sua reeleição. Se tiver que fazer um corte de pessoal ou investimento, não faz porque não pode ficar mal com a população. Se Temer estivesse preocupado com a reeleição, não estaria mandando reformas impopulares [para o Congresso]. Foi a reeleição e o desejo de ficar no poder que fizeram o PT tomar medidas que levaram à quebradeira do país. Transformou as políticas sociais em políticas eleitoreiras.
“É mais fácil mudar um programa, um projeto, do que alterar um homem, uma pessoa, certo?”
.ba – Vai ser complicado para o PMDB depois de oito anos de parceria com ex-presidente Lula fazer oposição ao petista, caso ele seja confirmado como candidato a presidente em 2018?
LVL – Complicado não é. Você fazer campanha em torno de nomes não é uma coisa boa, temos que fazer em torno de programas, de projetos, bandeiras. Até porque você evolui. É mais fácil mudar um programa, um projeto, do que alterar um homem, uma pessoa, certo? Então, o que PMDB ou qualquer outro partido que tenha responsabilidade com o país tem que fazer é apoiar um projeto que, efetivamente, possibilite o país voltar a crescer. O país sai de um período de crise enorme, passa por uma fase de transição com o presidente Michel e, em 2018, o povo vai às ruas com tranquilidade para eleger o que é melhor para desenvolver o Brasil. Então, os partidos têm que se unir em torno de um projeto e não de nomes.
.ba – Lúcio Vieira Lima e o PMDB defendem quem como candidato para presidente?
LVL – Acabei de dizer. Você não vai me pegar em contradição. Defendo não nomes, defendo quem tenha um projeto desenvolvimentista. Então, pode ser qualquer nome. Até que não seja filiado ao PMDB e venha a se filiar. Até pouco tempo [João] Dória [prefeito de São Paulo, do PSDB] era empresário e hoje faz sucesso. Hoje quem está bombando é [deputado Jair] Bolsonaro [PSC]. Se alguém perguntar qual o partido dele, 90% não sabe. Ele é apenas o estuário onde está convergindo a insatisfação popular.
.ba – Bolsonaro seria bem-vindo no PMDB?
LVL – Não falo pelo PMDB nacional. Ninguém ouviu dele nenhuma proposta sobre saúde, educação etc. A partir da hora que mostrar que tem condições de governar o país, qualquer é um bem-vindo. No momento, ainda não mostrou. Ele apenas está fazendo um discurso que fez, na época [eleição presidencial de 1989], [Fernando] Collor de Mello, populista, de saber o que população quer ouvir. Acho certo ele colocar o nome, estimulo ele a colocar o nome, recebo na Bahia, mas, na hora de a onça beber água, não se pode comer apenas laranja vendo a casca, tem que ver se está madura.
.ba – Qual o grande desafio e projeto do PMDB da Bahia para a próxima eleição?
LVL – O grande desafio é continuar nessa performance que temos tido, mesmo com toda a dificuldade, sem ter governo estadual. Estamos sempre nos posicionando bem em termos de colocação de partido político. Hoje, somos o quarto partido político, acho que o quarto em número de prefeitos. Então, mostra coerência. Quem vota no PMDB sabe como o PMDB procede e, dessa forma, continua o crescimento.
“Em nenhuma hipótese, o PMDB vai abrir mão de uma vaga na chapa majoritária. O PMDB terá que ter uma vaga na chapa majoritária. Quem será? E qual posição? Nós discutiremos no momento adequado.”
.ba – Hoje o PMDB da Bahia só tem o senhor como deputado federal. A meta é ampliar?
LVL – Veja bem. Essa história que só tem eu é porque não se analisa. Desde 2010, quando Geddel foi candidato a governador, para termos o PR na nossa chapa nós demos a coligação. Então, fizemos quatro deputados. Nós fizemos dois: eu e Arthur Maia [hoje no PPS]. Se marchássemos sozinhos, sem coligação, nós faríamos ainda Colbert Martins e Marcelo Guimarães Filho. E eles, o PR, de quatro, fariam dois. Nesta eleição, se marchássemos sozinhos, o partido faria eu e Colbert Martins. Só que os meus votos acabaram por eleger de outros partidos. Isso é fruto dessas coligações que, para atrair tempo de televisão, sacrificam a bancada. Então, quem sabe agora com o fim das coligações, o PMDB sai sozinho, sem receber nenhum tipo de pressão da chapa majoritária, no sentido de ‘ou coliga ou não vai ter vaga no Senado’, e, com toda certeza, voltaremos a ter um patamar de quatro, cinco deputados federais, com certa tranquilidade.
.ba – Para alcançar o número, há alguma possibilidade de Lúcio e Geddel, os dois, serem candidatos a deputado federal?
LVL – Veja bem. No momento certo nós discutiremos. Mas, em nenhuma hipótese, o PMDB vai abrir mão de uma vaga na chapa majoritária. O PMDB terá que ter uma vaga na chapa majoritária. Quem será? E qual posição? Nós discutiremos no momento adequado. Definido isso, iremos montar a chapa proporcional. Se Lúcio ou Geddel não estiverem na chapa majoritária, poderemos ser qualquer coisa na proporcional, deputado federal, estadual… A gente não sabe nem se estará vivo.
.ba – De zero a dez, qual a nota que o senhor dá para ACM Neto?
LVL – Meu pai, o velho Afrísio, dizia que não se pode dar dez, porque a pessoa tem que estar sempre querendo melhor. Se recebe dez, vai relaxar. Então, não posso dar 10 ao prefeito ACM Neto para ele estar sempre buscando 10, mesmo que não atinja. Como ele está na faixa de 70% a 80% de aprovação população, apesar de não gostar de nota porque sou político, não sou professor, vou botar aí uma nota oito.
.ba – E Rui Costa?
LVL – Acho que está em 50%, né? Então, nota cinco. Mas ele é um governador mediano. Ninguém diz o contrário, que ele é fraco. Tem uma assessoria de imprensa que o ajuda muito. O [secretário estadual de Comunicação] André Curvello se zanga quando digo que ele é o governador da Bahia. Diz: ‘não diga isso que você me prejudica’. André Curvello transforma o governo de Rui, que inaugura uma cisterna e diz que é uma barragem. Transforma obra do governo federal como sendo dele. Transforma obras anunciadas cinco ou seis vezes no governo passado como sendo novas. Então, está de parabéns o governador André Curvello [risos].
“André Curvello transforma o governo de Rui, que inaugura uma cisterna e diz que é uma barragem. Transforma obra do governo federal como sendo dele. Transforma obras anunciadas cinco ou seis vezes no governo passado como sendo novas. Então, está de parabéns o governador André Curvello.”
.ba – Fala-se que Rui Costa tem se afastado do PT. Não recebeu Lula em Salvador, não foi ao funeral de Marisa Letícia… Se ele romper com o PT, o PMDB pode recebê-lo de braços abertos?
LVL – Volto a dizer que me preocupo com projeto e não com nome. Mas, se por acaso, Neto não se viabilizar, não quiser, e Rui vier com um projeto e disser: ‘vamos dar continuidade ao que ACM Neto está fazendo bem’, sentaremos a oposição junta para ver se ele está bem intencionado. Mas tenho certeza que Rui não vai romper com o PT e gostaria que isso não acontecesse. Até porque, se ele tem alguma chance de reeleição, que acho que não tem, é ficando no PT, que tem um patrimônio, um nome, uma militância. Rui Costa, como Rui Costa, não se viabiliza. Ele se viabiliza sendo Rui Costa do PT. O PT de Wagner, de Lula.
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