Publicado em 21/10/2016 às 08h20.

Ana Marcela faz pausa forçada nas competições para remover o baço

A nadadora baiana descobriu no início deste ano doença autoimune que destrói a produção de plaquetas sanguíneas

Redação
Foto: Divulgação
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A nadadora baiana Ana Marcela Cunha, eleita três vezes a melhor maratonista aquática do mundo, vai fazer uma pausa forçada nos treinos e competições neste final deste ano para tratar da saúde. A nadadora descobriu, no início de 2016, que tem uma doença autoimune que destrói a produção de plaquetas sanguíneas e, para preservar sua saúde e manter-se competitiva em nível mundial, vai se submeter a uma cirurgia de retirada do baço nos próximos dias, provavelmente neste sábado (22).

O procedimento, chamado esplenectomia, será realizado em São Paulo. A escolha do procedimento foi tomada após consenso entre médicos de seu staff e outros especialistas consultados. A intervenção deve deixá-la fora de atividades de alto rendimento por até 45 dias. Competições em mar aberto só no ano que vem. A expectativa é que a retirada do órgão evite que ela tenha complicações futuras e que precise de um tratamento contínuo com medicamentos.

RIO-2016 – Desde abril, Ana Marcela consome diariamente medicamento à base de corticoide (deflazacort), com autorização da Wada (Agência Mundial Antidoping), para controlar a baixa produção de plaquetas. A nadadora, que conquistou cinco medalhas em provas de maratona aquática nos Campeonatos Mundiais de 2013 e 2015, e era tida como favorita ao ouro na Olimpíada, ficou em décimo lugar na edição dos Jogos Olímpicos de 2016.

“A decisão é para garantir, mais do que a carreira da atleta, a qualidade de vida da Ana como ser humano. Se ela continuar a tomar corticoide, quem garante que em quatro anos ela estaria em condições de ir à [Olimpíada de] Tóquio, em 2020?”, disse o pai dela, George Cunha, à Folha de São Paulo.

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