Publicado em 20/06/2025 às 16h41.

8/1: Moraes vota por condenar acusado de furtar bola autografada por Neymar

Réu pode pegar 17 anos de prisão por crimes ligados à invasão ao Congresso Nacional

Redação
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (20) a favor da condenação de Nelson Ribeiro Fonseca Júnior, acusado de envolvimento nas invasões golpistas de 8 de janeiro de 2023. Entre as acusações, está o furto de uma bola autografada por Neymar, levada do museu da Câmara dos Deputados durante a depredação do Congresso Nacional.

O julgamento acontece no plenário virtual da Primeira Turma do STF e segue aberto até a próxima segunda-feira (30). Ainda faltam os votos dos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin.

Segundo a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Nelson participou da invasão ao Congresso e retirou a bola do local.

Dias após o episódio, no fim de janeiro de 2023, ele se apresentou à Polícia Federal em Sorocaba (SP) e devolveu o objeto. Em depoimento, afirmou ter encontrado a bola no chão, fora de sua proteção original, e disse que a pegou com a intenção de devolvê-la mais tarde.

Ao justificar o voto pela condenação, Moraes destacou que o acusado admitiu o furto e ressaltou que o arrependimento posterior não afasta a responsabilidade criminal.

O ministro também defendeu que o réu participe, de forma solidária com os demais envolvidos nas depredações, do pagamento de R$ 30 milhões, valor estabelecido para reparar os danos causados ao patrimônio público.

Além do furto, Nelson responde por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Os advogados do acusado pediram ao Supremo a absolvição de Nelson, alegando ausência de ampla defesa e de contraditório durante o processo. A defesa também questiona a competência da Corte para julgar o caso.

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