Publicado em 24/01/2023 às 10h05.

A pedido da PGR, STF abre inquérito para apurar participação de deputados em atos golpistas

São alvos os deputados federais eleitos André Fernandes (PL-CE), Sílvia Waiãpi (PL-AP) e Clarissa Tércio (PP-PE)

Redação
Fotos: Reprodução / Redes sociais

 

A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou abertura de inquéritos para apurar a participação de parlamentares nos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro, nos prédios dos Três Poderes, em Brasília.

A medida mira os deputados federais eleitos André Fernandes (PL-CE), Sílvia Waiãpi (PL-AP) e Clarissa Tércio (PP-PE), suspeitos de incentivar os atos terroristas por meio das redes sociais.

“Acabamos de tomar o poder. Estamos dentro do Congresso. Todo povo está aqui em cima. Isso vai ficar para a história, a história dos meus netos, dos meus bisnetos”, escreveu Clarissa em sua conta no Instagram, no dia 8.

Waiãpi também comemorou a invasão dos radicais bolsonaristas e postou vídeos do atentado na mesma rede social. “Povo toma a Esplanada dos Ministérios nesse domingo! Tomada de poder pelo povo brasileiro insatisfeito com o governo vermelho”, diz legenda.

André Fernandes, por sua vez, usou o Twitter para convocar “ato contra o governo Lula” e avisar que estaria presente. Ele também postou foto da invasão ao prédio do STF, na qual aparecia a porta de um armário com o nome do ministro Alexandre de Morais. Na legenda da imagem replicada pelo deputado estava escrito “Quem rir vai preso”.

Ao atender o pedido da PGR, o relator do caso aponta a configuração de crime de terrorismo, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, ameaça, perseguição e incitação ao crime.

O prazo inicial dos inquéritos é de 60 dias, tempo em que a Polícia Federal deve concluir as oitivas e realizar diligências para elucidar os fatos.

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