Publicado em 01/10/2019 às 11h35.

Digital de Geddel no caso dos R$ 51 milhões é imaginário popular, diz defesa do ex-ministro

Advogado Gamil Föppel passou a contestar laudo da Polícia Federal e afirma que há uma série de inconsistências na acusação

Alexandre Santos
Foto: Divulgação/PF
Foto: Divulgação/PF

 

A defesa do ex-ministro Geddel Vieira Lima e do ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima (ambos do MDB-BA) afirma que o laudo da Polícia Federal que apontou impressões digitais de Geddel no caso dos R$ 51 milhões está no “imaginário popular” de 11 em cada dez brasileiros.

“Ocorreu no imaginário popular a notícia de que havia digitais nas cédulas de dinheiro apreendidas. Eu pergunto: onde está o laudo pericial que diz que havia digitais das cédulas. De cada dez brasileiros, 11 acreditam que havia digitais nas cédulas. O laudo da perícia federal desautoriza essa conclusão porque não havia digital alguma em cédulas”, argumentou o advogado Gamil Föppel na última quinta-feira (24), quando o Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) inciou o julgamento do processo no qual Geddel e Lúcio são alvo de denúncia por crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

O ex-ministro está preso há dois anos, na Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal.

Além de contestar o laudo da PF, a outra estratégia da defesa será a de desqualificar os argumentos da acusação, apresentada ao STF pela ex-procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

“Vou passar a mostrar um rosário de inconsistências técnicas desse processo. Um rosário de inconsistências por parte da acusação. Eu não posso, com todo respeito, nem dizer que a acusação procedeu de forma ruim. Porque, para quer ela fosse ruim, precisava melhorar muito. A acusação desrespeita solenemente todas as regras de direito”, continuou Föppel diante do colegiado presidido pela ministra Cármen Lúcia e composta pelos ministros Celso de Mell, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Edson Fachin.

“Tenho absoluta certeza de que, se respeitadas as regras processuais, não há outra alternativa senão absolver todos os réus de todas as imputações que foram são feitas”, avalia o criminalista.

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