Moraes libera parte do salário de policial investigado por assassinar Marielle

Desbloqueio ocorre quase um ano após a decisão inicial; agente solicita liberação total dos vencimentos

Redação

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda-feira (10) o desbloqueio de 30% do salário do inspetor da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Marco Antônio de Barros Pinto, um dos investigados no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). A decisão ocorre quase um ano após o bloqueio dos vencimentos.

Apesar da liberação parcial, Pinto solicitou o desbloqueio total de sua remuneração. Moraes, no entanto, argumentou que, ao analisar os gastos do policial, identificou despesas que “não podem ser consideradas de primeira necessidade ou compatíveis com sua realidade econômica”, motivo pelo qual decidiu atender ao pedido de forma parcial.

“O pedido formulado de desbloqueio da conta deve ser parcialmente deferido, para permitir que o investigado possa ter disponibilidade de valores decorrentes de seus vencimentos necessários para sua efetiva subsistência”, determinou o ministro.

Em dezembro, Pinto recebeu um salário bruto de R$ 21,1 mil, segundo contracheque apresentado ao STF. Após os descontos, a remuneração líquida foi de R$ 14,3 mil.