Publicado em 18/05/2020 às 17h00.

MPF é contra transferir preso na Operação Faroeste para hospital privado

Atendido em hospital na quinta-feira com suspeita de Covid-19, Adaílton Maturino alega no pedido ter hipertensão e diabetes

Redação
Foto:  João Américo SecomPGR
Foto: João Américo SecomPGR

 

O Ministério Público Federal (MPF) se posicionou contra o pedido do empresário Adailton Maturino, preso na Operação Faroeste, de transferência para um hospital privado. A Faroeste apura uma suspeita de venda de sentenças. O parecer do MPF foi encaminhado nesta segunda-feira (18) ao relator da operação, o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Adaílton Maturino.

Segundo o MPF, diagnosticado com quadro leve de covid-19 na última quinta-feira (14), o preso realizou exames no Hospital Regional da Asa Norte (HRan) e, descartado o risco de complicações, seguiu para tratamento em cela individual em ala recém-inaugurada no sistema prisional da capital federal. “Não há nenhum tipo de fato novo idôneo a, neste momento, descredenciar a manutenção da custódia preventiva de Adaílton Maturino”, conclui a procuradora Lindôra Araújo

“Embora preso desde dezembro do ano passado, sem jamais haver solicitado atendimento médico ou ter informado qualquer histórico de doenças crônicas, Adaílton, em razão de uma crise hipertensiva, passou a alegar, no último dia 12, ser portador de hipertensão arterial e de diabetes”, argumentou o Ministério Público Federal, em nota. Maturino não apresentou alterações de glicemia nem informou uso de medicamentos para hipertensão.

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