Publicado em 03/02/2022 às 08h21.

Oswaldo Eustáquio é condenado por associar Psol a facada em Bolsonaro

Blogueiro bolsonarista terá que cumprir pena de detenção de 4 meses e 20 dias e pagar indenização de R$ 10 mil ao partido

Redação
Foto: Reprodução / Instagram
Foto: Reprodução / Instagram

 

O blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Paraná pelo crime de difamação contra o Psol, por ter associado o partido à facada desferida contra o presidente Jair Bolsonaro, em 2018.

Segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, além de uma indenização de R$ 10 mil para o Psol, a condenação prevê uma multa no valor de um salário mínimo e pena de detenção de quatro meses e 20 dias, que deve ser cumprida em regime aberto.

O caso teve início em 2020, em uma publicação no portal Renews, quando ele disse haver suspeitas de que a sigla e o ex-deputado federal Jean Wyllys eram “os mandantes do crime que tentou tirar a vida do presidente”.

“Um braço político ligado ao PSOL [e] a Jean Wyllys surge como forte indício de que Adélio não agiu sozinho”, escreveu Eustáquio, em referência ao autor da facada, que foi considerado doente mental e inimputável, pela Justiça. Segundo a coluna, Adélio Bispo já foi filiado ao Psol de Uberaba (MG), de 2007 a 2014, mas nunca militou.

Na sentença, o juiz Telmo Zaions Zainko afirma que Eustáquio deturpou o conteúdo de um depoimento prestado à Polícia Federal, incluindo falas não ditas e tirando conclusões sem base.

“Em nenhum momento é feita tal ilação, ao contrário, da leitura da íntegra do depoimento, o depoente menciona que ouviu ‘alguém’ ter comentado sobre os deputados do Anexo 4 [da Câmara dos Deputados] e o ex-deputado Jean Wyllys, no sentido de [que] não seriam políticos inúteis”, afirma o magistrado.

“Entendo por maliciosa a publicação, restando demonstrado o animus difamandi na conduta, na medida em que o querelado [Eustáquio] tinha a intenção de macular a dignidade do querelante [Psol] indicando sua vinculação ao atentado praticado contra o presidente Jair Bolsonaro”, acrescenta.

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