Publicado em 21/09/2020 às 10h30.

PGR diz que Witzel criou ‘rachadinha da saúde’

Governador afastado foi apontado como líder da organização criminosa em nova denúncia ao MPF

Redação
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou que o governador afastado, Wilson Witzel, e o ex-secretário de Saúde, Edmar Santos, teriam atuado em um suposto esquema de desvio de dinheiro público da Saúde do Rio de Janeiro, conhecido como “rachadinha”. A informação é do jornal Extra, que publicou a reportagem nesta segunda-feira (21).

De acordo com a publicação, a gestão do governador afastado e do ex-secretário teria sido instituída uma espécie de “rachadinha” de repasses do Fundo Estadual de Saúde a sete prefeituras, com a premissa de que o grupo receberia de volta 10% do valor do total transferido para esses municípios.

Witzel foi apontado como líder da organização criminosa numa segunda denúncia apresentada ao Ministério Público Federal (MPF). Segundo a denúncia, a intenção seria superfaturar obras em algumas cidades para que o lucro fosse revertido para o núcleo comandado pelo Pastor Everaldo.

Ainda de acordo com a publicação, Edson Torres, apontado como operador financeiro do grupo, disse que a Secretaria estadual de Saúde planejou transferir R$ 600 milhões aos fundos municipais de Saúde, para que o montante entrasse no cálculo do valor mínimo constitucional a ser aplicado na área. Teoricamente, a divisão dos recursos seria feita pelo tamanho da cidade, mas isso não foi respeitado em todos os casos.

Em depoimento, Torres afirmou que tanto ele quanto outros integrantes do grupo participaram de reuniões sobre a destinação de verbas para Petrópolis, São João de Meriti, Paracambi e Itaboraí. Disse ainda que as prefeituras de Magé, Saquarema e São Gonçalo também retornaram valores ao grupo.

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