Publicado em 05/08/2019 às 07h32.

Procuradores e juízes querem adiar votação de abuso de autoridade

Em meio aos recentes ataques à Lava Jato, entidades classistas temem que aprovação de medida seja uma forma de ‘intimidação’

Redação
O procurador da República Deltan Dallagnol, chefe da Operação Lava Jato em Curitiba (Foto: Vladimir Platonow/Repórter da Agência Brasil)
O procurador da República Deltan Dallagnol, chefe da Operação Lava Jato em Curitiba (Foto: Vladimir Platonow/Repórter da Agência Brasil)

 

Procuradores e juízes estão aflitos com a possível votação do projeto de abuso de autoridade na Câmara dos Deputados em meio aos recentes ataques à Lava Jato (em especial, ao procurador Deltan Dallagnol), ao STF e ao ministro Sérgio Moro. A informação é da coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo.

“Preocupa a votação nesta hora em que está todo mundo inquieto. Ninguém concorda com excessos, o que não pode é, a pretexto disso, intimidação”, disse à publicação Jayme de Oliveira, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros.

De acordo com a coluna, entidades classistas vão recorrer a Rodrigo Maia (DEM-RJ) para tentar adiar a análise do tema.

Líderes do Centrão também serão procurados. Não será fácil sensibilizar os parlamentares, destaca o Estadão. Em junho, Maia defendeu a necessidade de uma lei contra o abuso de autoridade.

Magistrados e membros do Ministério Público, por sua vez, acham que os ventos da opinião pública ainda sopram a favor deles.

Reservadamente, admitem, porém, que o episódio dos hackers desgastou o sistema jurídico como um todo.

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