Publicado em 20/03/2023 às 17h59.

Salvador ganha produtora musical com foco em Mulheres Negras e Pessoas Trans

Nova Estação atua na capacitação de profissionais, locação de instrumentos, agenciamento de artistas e produção de eventos.

Redação

Salvador acaba de ganhar um projeto pioneiro que vem movimentar o mercado musical da cidade. A Nova Estação, escritório artístico e aceleradora musical voltada para mulheres negras, pessoas trans e projetos afrocentrados, abre suas portas, atuando na capacitação, formação, produção cultural e de eventos. O projeto é liderado pelo produtor e consultor artístico Ziati Comazi, homem trans-negro, e pela arquiteta e produtora Pita Nice e conta com apoio da Casa do Hip Hop Bahia. O escritório fica aberto de quarta à sexta, das 09:00 às 18:00, no 1º andar da Casa do Hip Hop Bahia, localizada na praça Quincas Berro D’água, no Pelourinho.

A Nova Estação trabalha em 4 Eixos: Locação de instrumentos musicais, como baixo, guitarra, violão e bateria para estudos no local ou eventos; Educacional, voltado para cursos, oficinas e consultorias; Eventos, como fornecedora de profissionais e serviços e no Agenciamento de artistas negras e trans. Além disso, o espaço conta com uma biblioteca Afrocentrada com mais de 30 livros escritos por autoras e autores negros para estimular a conscientização sobre raça, gênero e sociedade. Todos os serviços possuem taxas com preços acessíveis e que visam transformar a realidade social através da arte e cultura. “Salvador é reconhecida como a Cidade da Música e é também a capital mais negra do país. Então a cadeia musical soteropolitana precisa estar equalizada quando pensar em serviços e atrações artísticas de profissionais negras e trans”, ressalta Ziati Comazi.

Já Pita Nice, responsável pelo eixo educacional, destaca que muitas áreas no mercado musical e de produção que atualmente são dominadas por homens-cis passarão a ser disputadas com a capacitação do público-alvo da Nova Estação. “Queremos promover a instrumentalização de maneira consciente para as profissionais negras e trans, de modo que desenvolvam além da técnica, a organização e autonomia para driblar as barreiras do mercado”.

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