Publicado em 05/07/2023 às 16h37.

OAF realiza 1° Ressaca Junina com objetivo de arrecadar recursos

Instituição que acolhe crianças e adolescentes há 65 anos depende de doações para se manter

Redação
Foto: Ascom OAF

 

Para quem já está com saudade daquele climinha de São João, a Organização de Auxílio Fraterno (OAF) realiza, no próximo sábado (08), a 1 ° Ressaca Junina Solidária. Os portões serão abertos a partir das 18 horas.

Além de dar uma esticadinha nos festejos, o evento tem o objetivo de arrecadar recursos para a instituição que acolhe atualmente 93 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.

O evento será na sede da OAF, na Rua do Queimado, bairro da Lapinha, em Salvador, onde também os ingressos estão sendo vendidos de acordo com a capacidade do espaço.

A festa tem apoio da Prefeitura de Salvador, através da Saltur, Jornal A Tarde, TV Bahia e TV Aratu.

Entre as atrações confirmadas, a Banda Viola de Doze promete fazer muita gente dançar ao som do samba junino. E para quem curte aquele forró “raiz”, o forrozeiro Antônio Rocha vem com clássicos de Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jacson do Pandeiros e muito mais.

Mas a festa não acaba por aí não, a banda Forró BondXote garante trazer muito mais arrasta-pé pra fazer o público dançar até gastar a sola do sapato.
O diretor-presidente da instituição reserva uma surpresa para o dia do evento. “Ainda não podemos divulgar uma participação surpresa, mas eu garanto que será uma festa linda e muito animada”, disse Jozias Sousa.

Barraquinhas com comidas e bebidas típicas juninas serão montadas no estacionamento principal da OAF para abastecer o público e garantir muita animação. Cartões de crédito, débito e pix serão aceitos como formas de pagamento.

OAF: um trabalho social iniciado pela professora Dalva Matos

A instituição atende crianças e adolescentes entre 0 e 17 anos, encaminhados pela Central de Regulação da Prefeitura de Salvador, Conselhos Tutelares, Juizado da 1ª Vara da Infância e Juventude e Polícias Militar e Civil.

Os acolhidos, em sua maioria, foram vítimas de abandono, maus tratos e alguns de violência sexual.

As crianças e adolescentes são acompanhados pelas chamadas “educadoras sociais” que são mulheres contratadas pela instituição para cuidar como verdadeiras mães, protegendo, educando e atendendo às necessidades de cada um.

Os institucionalizados recebem acompanhamento de assistentes sociais, psicólogos, pedagogos, auxiliares e outros colaboradores e voluntários da instituição, como médicos, enfermeiros e fisioterapeutas.

No dia 12 de outubro, a OAF completa 65 anos de fundação. Um trabalho iniciado pela saudosa professora Dalva Matos que, nos primeiros anos da instituição, acolhia mães solteiras que não tinham para onde ir com seus filhos.

De acordo com o dirigente da instituição, atualmente, a OAF tem apenas um convênio com a prefeitura, mas os recursos públicos pagam menos da metade das despesas.

“O valor que recebemos através do convênio com a SEMPRE (Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza) só paga 40% dos custos, o restante é através de recursos próprios como locação de espaços e doações”.

O gestor explica que as doações sempre foram parte fundamental na manutenção dos trabalhos na OAF, porém, desde a chegada da pandemia, elas caíram cerca de 60% e hoje a instituição enfrenta sérias dificuldades para se manter.

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