Publicado em 24/08/2019 às 11h00.

Acordo com Mercosul enquanto Amazônia queima não deve ocorrer, avalia Conselho Europeu

Comentário reforçou posição de Macron sobre revisão do apoio francês às negociações

Redação
Foto: Fotos Públicas/ European Council President
Foto: Fotos Públicas/ European Council President

 

Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk afirmou nesta sábado (24) que é difícil imaginar a aprovação de um pacto de livre comércio com o Mercosul enquanto o Brasil não solucionar o problema das queimadas na floresta amazônica.

É claro que apoiamos o acordo entre a UE e o Mercosul (…) mas é difícil imaginar um processo de ratificação enquanto o governo brasileiro permite a destruição da Amazônia”, disse ao chegar em Biarritz, no sudoeste da França, para uma cúpula do G7.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi o último a chegar ao encontro. Ele se junta a Angela Merkel, Boris Johnson, Giuseppe Conte, Shinzo Abe e Justin Trudeau em um jantar promovido por Emmanuel Macron, que marca o início do G7.

A reunião entre EUA, Alemanha, Reino Unido, Itália, Japão, Canadá e França tem uma pauta agitada pela frente, com a guerra comercial entre Pequim e Washington, o Brexit, o programa nuclear do Irã e a agenda urgente das queimadas na Amazônia.

O governo francês disse na sexta-feira (23) que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) mentiu ao assumir compromissos em defesa do ambiente na cúpula do G20 (grupo das economias mais desenvolvidas), em junho, e que isso inviabiliza a ratificação do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, concluído no mesmo mês.

Firmado após 20 anos de negociações, o termo de cooperação comercial entre a UE e o Mercosul prevê eliminar, em 15 anos, mais de 90% das tarifas praticadas hoje nas transações de mercadorias entre os dois blocos.

Bloqueio – A Irlanda também afirmou que vai bloquear a implantação do pacto caso o Brasil não atue para combater os incêndios em curso na Amazônia.

Bolsonaro assinou na tarde de sexta (23) um decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) que autoriza o emprego das Forças Armadas na Amazônia para combater as queimadas. As informações são da Folha de S. Paulo.

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