Publicado em 29/02/2016 às 11h20.

Autoridades desmontam parte sul do campo de migrantes de Calais

Segundo a prefeitura, vivem no local, conhecido como Campo Selva, norte da França, 3,7 mil pessoas, das quais 800 a mil serão afetadas pela evacuação.

Agência Brasil
A parte sul do campo de refugiados em Calais, conhecido como Jungle, começa a ser desmontado (Foto Agência Lusa)
A parte sul do campo de refugiados em Calais, conhecido como Jungle, começa a ser desmontado (Foto Agência Lusa)

 

Autoridades começaram a demolir nesta segunda-feira (29) a parte sul do campo de migrantes de Calais, no Norte de França. A informação é da agência France Presse.

Duas escavadeiras e cerca de 20 trabalhadores de uma empresa privada contratada pelo Estado começaram a desmontar as tendas e barracas instaladas em uma área de 100 metros por 100 metros na presença de vários agentes policiais.

Alguns migrantes estavam no local para recuperar objetos pessoais. Mais de 30 viaturas policiais e dois caminhões antimotim estavam estacionados à entrada do campo para, segundo a prefeitura, garantir a segurança da operação.

A situação era calma, embora uma ativista da organização britânica de apoio aos migrantes “No Borders” tenha sido detida.

Uma porta-voz da prefeitura, Fabienne Buccio, disse à agência que três quartos dos abrigos naquela área do campo estão vazios, abandonados pelos migrantes depois de terem sido informados da evacuação.

Segundo a prefeitura, vivem no local, conhecido como Campo Selva, 3,7 mil pessoas, das quais 800 a mil serão afetadas pela evacuação.

Organizações que trabalham com os migrantes asseguram, no entanto, que a operação afeta mais de 3 mil pessoas, entre as quais 300 crianças desacompanhadas.

Os migrantes retirados foram aconselhados a se instalar na parte norte do campo ou em um dos 100 centros de acolhimentos em toda a França.

A evacuação da parte sul da “Selva” foi contestada em tribunal por um grupo de migrantes e organizações, mas a Justiça decidiu na quinta-feira (25) a favor do Estado.

Cerca de 4 mil migrantes, vindos sobretudo da África subsaariana, vivem em condições muito precárias no campo, à espera de uma oportunidade para atravessar clandestinamente o Canal de Mancha e chegar ao Reino Unido.

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