Publicado em 03/12/2016 às 17h30.

Chape: Promotoria denuncia funcionária por omitir plano de voo

Ministério Público da Bolívia acusa servidora da Administração de Aeroportos de não reportar observações a tempo de impedir voo da LaMia

Redação
Foto: Rerodução/ Twitter/ Cruz Vermelha da Colômbia
Foto: Rerodução/ Twitter/ Cruz Vermelha da Colômbia

 

A Promotoria da Bolívia denunciou uma funcionária da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea (Aasana) do país por não reportar as observações do plano de voo a tempo de impedir a decolagem do voo da LaMia. A aeronave caiu perto de Medellín e deixou 71 mortos, inclusive a delegação da Chapecoense, que disputaria a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional, na Colômbia.

Segundo o jornal de La Paz “La Razón” deste sábado (3), a servidora não fez qualquer comunicação aos seus superiores sobre as incorreções do planejamento, que não previa segurança e autonomia de combustível para percorrer a distância entre Santa Cruz de La Sierra (Bolívia) e Medellín (Colômbia). O relatório só foi apresentado no dia seguinte à tragédia.

No documento, a despachante, lotada no Escritório de Notificação dos Serviços de Passagem Aérea da Aasana, pontuou que o avião só teria combustível suficiente para o trajeto, com a indicação de apenas um aeroporto alternativo para pouso e não dois, como exige a legislação. A funcionária não enfrenta acusações específicas, pois a denúncia foi apresentada na tarde de sexta-feira (2) e ainda não foi analisada pelo Ministério Público.

O governo boliviano já tinha anunciado que iria investigar a Aasana e a Direção General de Aeronáutica Civil (DGAC), encarregada da supervisão técnica das aeronaves. De acordo com a imprensa local, o diretor-geral da LaMia, Gustavo Vargas Gamboa, seria pai do diretor da DGAC, Gustavo Vargas Villegas, suspenso desde quinta-feira (1º), assim como todos os outros comissionados do órgão.

O ministro de presidência, Juan Ramón Quintana, afirmou em entrevista coletiva que lhe chama “poderosamente a atenção” o fato de o “filho do general Vargas (o diretor-geral de LaMia) seja responsável por outorgar as licenças” e cogitou a possibilidade de tráfico de influência.

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