Publicado em 09/09/2022 às 14h57.

Coreia do Norte aprova lei sobre direito de uso de armas nucleares

Segundo o líder Kim Jong-un, a nova lei torna o status nuclear do país "irreversível" e bloqueia negociações de desnuclearização

Redação
Foto: Divulgação/Pixabay
Foto: Divulgação/Pixabay

 

A Coreia do Norte aprovou oficialmente o direito de usar ataques nucleares preventivos como proteção. Segundo o líder Kim Jong-un, a nova lei torna o status nuclear do país “irreversível” e bloqueia negociações de desnuclearização, conforme divulgou nesta sexta-feira (9) a mídia estatal. As informações são da Reuters.

A decisão acontece em momento em que observadores afirmam que a Coreia do Norte parece estar se preparando para retomar os testes nucleares pela primeira vez desde 2017. 

O Parlamento norte-coreano, a Assembleia Popular Suprema, adotou a legislação nesta quinta-feira (8), em substituição a uma lei de 2013 que definiu pela primeira vez o status nuclear do país, segundo a agência de notícias estatal KCNA. 

“O maior significado de legislar a política de armas nucleares é traçar uma linha irrecuperável para que não haja barganha sobre nossas armas”, declarou o líder durante discurso na assembleia, ressaltando que nunca entregará as armas, mesmo que o país enfrente 100 anos de sanções. 

A lei original de 2013 indicava que a Coreia do Norte poderia usar armas nucleares para repelir a invasão ou ataque de um Estado hostil e fazer ataques de retaliação. 

A nova lei vai além para permitir ataques preventivos, caso seja detectado ataque iminente de armas de destruição em massa ou contra “alvos estratégicos” do país, incluindo sua liderança. 

Sob a lei, o líder norte-coreano tem “todos os poderes de decisão” sobre as armas nucleares, mas se o sistema de comando e controle estiver ameaçado, essas armas podem ser lançadas “automaticamente”. 

Reportagem adicional de Eduardo Baptista

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