Publicado em 13/12/2015 às 14h00.

Diplomatas atentos às facções da Líbia com plano de unidade

"Pedimos a todas as partes que aceitem um cessar-fogo imediato em todas as partes da Líbia", diz comunicado.

Agência Estado
Uma menina olhando pela janela de sua casa em Bengasi, Líbia. Foto: UNSMIL
Uma menina olhando pela janela de sua casa em Bengasi, Líbia. Foto: UNSMIL

 

Diplomatas dos Estados Unidos, Europa e do Oriente Médio se encontraram neste domingo (13) com os líderes das facções políticas rivais da Líbia para convencê-los da necessidade de adotar um plano de unidade intermediado pela Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo do plano é resgatar o país do caos e evitar que extremistas do grupo Estado Islâmico ganhem mais espaço.

“Pedimos a todas as partes que aceitem um cessar-fogo imediato em todas as partes da Líbia”, disseram os participantes internacionais em um comunicado conjunto, o qual destacou que as partes se comprometeram com a assinatura de um acordo na próxima quarta-feira no Marrocos. “Apoiamos os esforços do povo pela transformação da Líbia em um Estado seguro, democrático, próspero e unificado, onde todas as pessoas possam viver em harmonia e onde a autoridade do Estado e da lei seja restaurada”, acrescenta o documento.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores da Itália, Paolo Gentiloni, sediam a conferência, que reúne representantes de 17 nações, da União Africana, Liga Árabe e Nações Unidas. Foram enviados 15 representantes dos dois lados da disputa na Líbia.

“Os líderes que estão aqui, estamos convencidos, falam pela maior parte da população da Líbia”, disse Kerry em uma coletiva de imprensa. “Esses líderes concordaram com qual é a única forma legítima de seguir em frente”, declarou. “Nós nos recusamos a ficar parados e assistir o vácuo ser preenchido por terroristas ”

A crise na Líbia começou em 2011, com a derrubada e morte do ditador Moammar Gadhafi. Desde então, o governo tem sido dividido entre Tobruk oriental, o governo islâmico baseado em Trípoli e agora enfrenta ameaças de extremistas islâmicos

“Se for seguido com coerência, o compromisso assumido por todos aqui pode realmente ser um ponto de virada na crise que tem se arrastado por tanto tempo”, disse Gentiloni, pressionando os outros países a agirem com maior rapidez sobre a Líbia. Segundo ele, hoje houve um “apoio unânime” pelos principais participantes, o que foi considerado um importante passo à frente.

O plano das ONU prevê a criação no prazo de 40 dias de uma unidade nacional, que terá assistência de segurança para aliviar o conflito e combater Estado Islâmico. Os líbios formariam, até o início de fevereiro, um conselho presidencial que iria nomear um gabinete, incluindo chefes do banco central e companhia nacional de petróleo. Em seguida, seria iniciado o processo de mover o parlamento de Tobruk de volta para Trípoli.

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