Líderes elogiam acordo climático e aplaudem esforço francês
O acordo climático de Paris, firmado neste sábado (12), foi comemorado ao longo do dia deste domingo (13) por diversas autoridades mundiais. Os elogios se voltaram ainda para o ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, o anfitrião das conversas que duraram duas semanas e que foram costuradas por um intenso esforço diplomático francês ao longo de mais de um ano.
O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, se disse “em choque” com a notícia do acordo. “estou em choque, mas um choque feliz”, disse em entrevista à agência Associated Press. Para ele, as conversas em Paris alcançaram algo “mais ambicioso do que as mais altas expectativas”.
Ministros de 195 países aprovaram neste sábado (12) o Acordo de Paris, primeiro marco jurídico universal de luta contra o aquecimento global. O documento da 21ª Conferência do Clima (COP21) das Nações Unidas terá caráter “legalmente vinculante”: obriga todas as nações signatárias a organizar estratégias para limitar o aumento médio da temperatura da Terra a 1,5ºC até 2100 e prevê US$ 100 bilhões por ano para projetos de adaptação dos efeitos do aquecimento a partir de 2020.
“É raro na vida ser capaz de mover as coisas adiante em um nível mundial”, disse Fabius, visivelmente emocionado ao deixar a plenária. Ele recebeu os elogios do Secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry: “você fez um trabalho espetacular como todos disseram”, afirmou o norte-americano, expressando a “profunda gratidão” do governo de Barack Obama à França. Obama, por sua vez, declarou que o acordo climático “pode ser um ponto de virada para o mundo”.
A chanceler alemã Angela Merkel afirmou em um comunicado que o acordo de Paris marca “a primeira vez que a comunidade mundial inteira se obrigou a agir na batalha contra as mudanças climáticas”. Ela considerou que, embora ainda haja muito trabalho pela frente, o acordo é um “sinal de esperança que vai permitir condições seguras de vida para bilhões de pessoas para o futuro”.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, considerou o acordo importante. Ele disse que, assim como outros países, Israel tem interesse em reduzir o aquecimento global.
Falando a fiéis no Vaticano neste domingo, o Papa Francisco declarou que a implementação do acordo “exige esforço e dedicação generosa da parte de todos”. O pontífice disse esperar que seja garantida atenção especial às populações mais vulneráveis.
A França é vista como a criadora do conceito da diplomacia moderna e a conferência provou que o país ainda é um mestre nessa arte. O ministro de Relações Exteriores das Maldivas, que comanda a Aliança das pequenas Ilhas-Estado, disse que os franceses tomaram diversas decisões acertadas e elogiou o fato de os líderes mundiais terem sido convocados desde o início das conversas em vez de participarem apenas do final, como na conferência de 2009 em Copenhagen, que falhou em atingir um acordo.
O acordo diplomático é visto na França como uma vitória bem recebida para o governo socialista do presidente francês François Hollande, que enfrenta um desafio duro contra a extrema direita e os conservadores nas urnas em eleições regionais.
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