Publicado em 23/11/2015 às 07h50.

Macri terá que fazer coligação política para governar

Ana Lucia Andrade

A Argentina acordou, nesta segunda-feira (23) com  um novo presidente: o empresário Mauricio Macri, fundador do partido conservador Proposta Republicana (PRO), leito neste domingo (22) sucessor da presidenta Cristina Kirchner. Ele assume no dia 10 de dezembro, depois de doze anos de governos kirchneristas.

“O maior desafio de Macri vai ser armar uma coligação política para poder governar”, disse o analista político Rosendo Fraga. Apesar de ter conquistado os governos da capital, Buenos Aires, e das quatro maiores províncias argentinas, ele tem minoria no Congresso.

A aliança governista FPV (Frente para a Vitoria) tem maioria no Senado e a primeira minoria na Câmara dos Deputados. Macri, durante toda a campanha, fez um discurso de união e conseguiu o apoio dos dissidentes do Partido Justicialista (Peronista), que governa o país há 14 anos. Em Buenos Aires, carros buzinavam comemorando o resultado das eleições, como se fosse uma partida de futebol.

“Estou super hiper feliz porque sentia falta de uma mudança”, disse Eugenia Lopez, de 27 anos. Ela era criança durante a crise de 2001 e começou a trabalhar, como arquiteta, quando a economia estava estável. Fernando Alarcon, um comerciante de 55 anos, diz que tem medo, porque não sabe o que vai acontecer. “A inflação é alta. O cambio está defasado. E ninguém anunciou uma solução para nossos problemas”.

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