Publicado em 09/01/2016 às 12h55.

Mulheres na Alemanha fazem manifestação contra violência de supostos refugiados

Angela Merkel defende expulsão de refugiados que cometerem crimes no país

Agência Brasil
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A chanceler alemã Angela Merkel mostrou-se favorável a um endurecimento das regras de expulsão de refugiados condenados na Alemanha. Foto: Antonio Cruz/ Fotos Publicas.

Centenas de mulheres participaram neste sábado (9) de uma marcha em Colônia, no Oeste da Alemanha, para protestar contra a violência supostamente praticada por refugiados na noite da passagem do ano. Carreegando cartazes com as frases  “Não, significa não. É o nosso direito. Fiquem longe de nós” ou “Não à violência contra as mulheres, seja em Colônia, na festa da cerveja ou no quarto”, as mulheres se manifestaram com apitos e tambores, de acordo com informações da Agência France Presse.

“Queremos sentir-nos em segurança novamente. Estou aqui por todas as mães, filhas, netas, avós que se querem se deslocar em segurança”, explicou Martina Schumeckers, música de 57 anos que organizou a marcha. Após a manifestação contra as agressões sexuais a algumas mulheres na noite da passagem do ano, será realizado agora à tarde um comício do movimento de extrema-direita Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente que, segundo a polícia, pode atrair mil participantes.

Cerca de mil manifestantes de esquerda se reuniram na principal praça de Colônia com cartazes onde se lia “Os refugiados são bem-vindos” ou “O fascismo não é uma opinião, é um crime”. Nessa praça, na noite de Ano Novo, os atos de roubo e violência sexual deram origem a cerca de 200 queixas, duas delas por violação, segundo o jornal Spiegel.  A Polícia Federal identificou 31 suspeitos, dos quais 18 são requerentes de asilo. Testemunhas relataram que grupos de 20 a 30 jovens, “que pareciam ser de origem árabe” cercaram e agrediram as vítimas.

Merkel defende expulsão- A chanceler alemã Angela Merkel mostrou-se neste sábado (9) favorável a um endurecimento das regras de expulsão de refugiados condenados na Alemanha. A posição foi tomada após as agressões na cidade alemã de Colônia, na noite da passagem de ano. “Se os refugiados cometeram um delito, isso deve ter consequências, isso significa que o direito [de permanecer na Alemanha] deve ser travado se existe uma pena de prisão ou até mesmo uma pena suspensa”, afirmou Merkel, citada pela agência France Presse, durante entrevista após reunião da liderança do partido União Democrata Cristã em Mainz (Sudoeste).

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