Publicado em 22/09/2019 às 19h00.

Na ONU, Brasil fará discurso de ‘esclarecimento e oportunidades’, diz Salles

Para o ministro do Meio Ambiente, é preciso desmistificar "falsa ideia" de que houve um desmonte do sistema ambiental do país

Redação

 

Foto: Max Haack / Secom PMS
Foto: Max Haack /Secom PMS

 

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que o Brasil quer transmitir para a comunidade internacional um esclarecimento sobre o que de fato está acontecendo no território brasileiro na questão ambiental —em especial na Amazônia— e exaltar as oportunidades de investimento no país.

“(Queremos) Desmistificar essa falsa ideia de que houve um desmonte do sistema ambiental, de que houve flexibilização da legislação ou da fiscalização, de que o Brasil não se importa com meio ambiente. Não é verdade. Temos que esclarecer tudo isso para que essas mentiras ou desinformações não continuem a ser repetidas”, afirmou Salles, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.

“Há uma gama enorme de oportunidades e o Brasil é o principal canal privilegiado para receber esses recursos”, afirmou o ministro, que também já foi secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo no governo Geraldo Alckmin (PSDB).

Salles está nos Estados Unidos desde a última quinta-feira (19), onde tem se reunido com investidores e autoridades locais, e recebeu o Estado para um café no hotel em que está hospedado no sábado, 21, em Nova York.

Sua presença em solo americano coincide com a greve do clima, que mobilizou milhões de jovens em 130 países na sexta, e permeia o período da cúpula global de mudanças climáticas, na segunda, e da Assembleia-Geral das Nações Unidas, onde o presidente Jair Bolsonaro (PSL) discursará na terça, 24. Em ambas as ocasiões, o governo brasileiro vai procurar rebater as críticas que têm recebido.

Durante a semana, diplomatas ouvidos reservadamente pela reportagem na ONU demonstraram preocupação com o que consideram um possível retrocesso na política ambiental brasileira.

Em reportagem recente, o jornal britânico de economia Financial Times afirmou que o Brasil ficou de fora da cúpula do clima por não ter mostrado interesse, assim como Austrália, Arábia Saudita e Estados Unidos. Antônio Guterres, secretário-geral da ONU, tem defendido que os países deveriam apresentar, nesta cúpula, ações e não discursos. Sobre a questão, Salles disse que, se abrirem uma oportunidade para o Brasil falar, está pronto para apresentar suas colocações.

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