Publicado em 14/12/2016 às 18h22.

Sírios pedem para matar filhas diante da possibilidade de estupro

Apelos ganharam força nas redes sociais após a postagem de uma enfermeira, que disse ter escolhido o suicídio diante da possibilidade de "cair nas mãos de animais do Exército sírio"

Redação
Foto: UNRWA/Fotos Públicas
Foto: UNRWA/Fotos Públicas

 

Moradores da cidade de Aleppo, na Síria, pedem permissão a religiosos para que possam matar as filhas, mulheres e irmãs antes que elas sejam capturadas e estupradas pelas forças do regime de Bashar al-Assad, da milícia libanesa do Hezbollah ou do Irã. Em uma rede social, uma enfermeira explicou que havia escolhido o suicídio diante da possibilidade de “cair nas mãos de animais do Exército sírio”.

A carta era endereçada a líderes religiosos e da oposição e, segundo o jornal britânico “Metro”, o post foi compartilhado pelo trabalhador humanitário Abdullateef Khaled.

“Sou uma das mulheres em Aleppo que em breve será (sic) violada. Não há mais armas ou homens que possam ficar entre nós e os animais que estão prestes a vir, o chamado Exército do país. Estou cometendo suicídio porque não quero que meu corpo seja alguma fonte de prazer para aqueles que sequer ousavam mencionar o nome de Aleppo dias atrás. E quando você ler isso saiba que eu morri pura apesar de toda essa gente”, dizia um trecho da postagem.

Além da enfermeira, outros sírios postaram mensagens desesperadas por causa da aproximação de tropas do governo. As forças sírias executaram mais de 80 pessoas em Aleppo na última segunda (12), incluindo mulheres e crianças ainda em suas casas.

Temas: Síria , guerra , desespero

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